ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 31º

Cidades

Secretaria admite que não houve planejamento para compra de alimentos em Ceinfs

Graziela Rezende e Leonardo Rocha | 19/08/2013 12:13

O secretário de Educação José Chadid, questionado sobre a falta de alimentos nos Ceinf´s (Centro de Educação Infantil) da Capital, confessou durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote, na manhã desta segunda-feira (19), que faltou planejamento por parte da prefeitura para a compra de novos alimentos e por isso a realização do contrato emergencial com a empresa Salute.

“O contrato emergencial foi firmado com a Salute porque houve essa preocupação com a falta de alimentos para as crianças. No início da gestão do prefeito Alcides Bernal (PP), em Janeiro, o estoque estava cheio e, quando começou a esvaziar, tentamos fazer o pregão eletrônico para escolher empresas, porém o Tribunal de Contas suspendeu com a informação de que havia erros no contrato, como por exemplo, a compra de duas verduras para a mesma finalidade”, afirma o secretário.

Após isso, o secretário garante que houve a tentativa de um novo pregão eletrônico, suspenso posteriormente pela prefeitura para que pudessem analisar rodas as amostras. “Eram 58 itens de amostra e uma comissão estava analisando. No período, para que não houvesse falta, foi fechado o contrato emergencial”, comenta o secretário.

Mais uma vez interpelado pelo presidente da CPI, Paulo Siufi (PMDB), sobre sete meses da falta dos alimentos, Chadid disse que a Secretaria de Educação apenas fazia compra, sendo a administração e distribuição por parte da SAS (Secretaria de Assistência Social).

Após a resposta, o relator da CPI, vereador Elizeu Dionísio (PSL), quis saber o motivo da empresa Salute não ter apresentado certidão da vigilância sanitária. Ele disse que a prefeitura recebeu um ofício falando da falta de alimentos no dia 19/06, sendo que no outro dia uma comissão informou da falta e, no outro dia, foi feito o contrato emergencial com a empresa. Na época, ao custo de R$ 4,3 milhões e com valores bem maiores do que os oferecidos antes do contrato, como por exemplo a carne bovina que antes custava R$ 6,68 e passou a valer R$ 8,95.

“Como em 48h foi escolhida a empresa, sem debater as questões que a comissão analisa?”, disse o vereador. “Desde antes já estávamos acompanhando esse processo e sabíamos da possibilidade dessa falta. Na verdade, a prefeitura não estava fazendo uma programação há um bom tempo. Em relação a escolha da empresa, é a central de contas que fez a análise de mercado e documental da empresa”, finaliza o secretário de Educação.

Nos siga no Google Notícias