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Em Pauta

A psicanálise é pseudociência, comparável ao horóscopo?

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/11/2021 06:40
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Tanto quanto o sofá é um móvel associado à televisão, o divã é um móvel associado à psicanálise. Desde que nos finais do século XIX o austríaco Sigmund Freud abandonou a pesquisa neurológica para desenvolver sua psicoterapia, o método adquiriu tal notoriedade que se converteu em um ingrediente da cultura popular ocidental. Transformou Freud no "psiquiatra", algo que nunca foi, em um dos homens mais conhecidos há mais de um século. Mas as ideias dele sempre estiveram envoltas em uma perene polêmica: existem provas científicas que avaliem a psicanálise? Ou é só uma pseudociência - a mais acadêmica de todas elas.


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Sonhos e sexo, muito sexo.

Em 1885, Freud viajou à Paris para estudar o uso da hipnose no tratamento da psicopatologia com o neurologista Jean-Martin Charcot. Ao regressar à Viena, no ano seguinte, começou a aplicar essa técnica no tratamento de seus pacientes. Todavia, em pouco tempo, abandonou a hipnose para começar a utilizar extensos diálogos com seus pacientes tratando de suas experiências e recordações. Colocava especial atenção aos sonhos, para Freud, eram uma porta para adentrar ao inconsciente e às memórias reprimidas da infância, normalmente de conteúdo sexual. E vem mais e mais sexo. Complexo de Édipo, castração ou a inveja do pênis se converteram pilares teóricos de seu método. Uma década depois, passava a ser denominado de psicanálise.


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Desde o início, não havia como comprovar.

Desde seu nascimento, as ideias de Freud, foram repudiadas por cientistas de renome como Karl Popper. Após algum entusiasmo inicial com a psicanálise, Popper passou a afirmar que não havia como comprovar as ideias de Freud. Foi Popper que definiu a psicanálise como uma pseudociência comparável aos horóscopos. Ao longo dos anos, muitos cientistas seguiram a mesma senda. Stephen Jay Gould, Richard Feyman, Noam Chomsky, Steven Pinker, são alguns dessa longa lista. "Freud The Making of an Illusion", de Frederick Crews, professor emérito da Universidade da Califórnia, tem sido descrito como o livro que definitivamente põe fim à psicanálise e seu criador. Há alguns dos opositores da psicanálise que afirmam que essa ideia não passa de uma seita.
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