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Em Pauta

Água e gás dos Estados na mira do governo federal

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/02/2016 07:56
Água e gás dos Estados na mira do governo federal

O governo federal articula nova frente de debates com os Estados para abater os valores mensais pagos concernentes às dívidas contratadas desde a década de 1970. Os governadores que aceitarem vender suas empresas de água e de gás para a União poderão ter uma redução imediata nas parcelas mensais da dívida.

Os secretários de Fazenda, ou seus representantes, estiveram reunidos em Brasília nesta semana e ouviram a ideia da venda das empresas. Também tomaram conhecimento que o Ministério da Fazenda pretende encaminhar projeto de mudança da Lei de Responsabilidade Fiscal ao Congresso Nacional, para atender os governadores, até o fim de março.

A fonte ouvida do governo do Estado de Mato Grosso do Sul diz que não há interesse na venda da empresa de água pois está em processo avançado de estudos para venda de percentual de sua participação a uma empresa privada, mas se cala quanto à venda da empresa de gás.

Água e gás dos Estados na mira do governo federal
Água e gás dos Estados na mira do governo federal

A guerra de petróleo entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita. Um caso de perde-perde.

O petróleo acaba de visitar a casa dos US$ 20, algo inimaginável. Todos sabem que há excesso de oferta e alguma queda na compra feita pela China. Os analistas acreditam que o barril não ultrapassará a marca dos US$ 50 nos dois próximos anos. Uma boa notícia para os que desejam ver a desgraça do governo Dilma e péssima para todos os países produtores de petróleo. Mas a verdade é que somos apenas elementos cenográficos na guerra do petróleo; nem mesmo somos coadjuvantes nesse filme. Apenas fazemos cara de paisagem.

O mundo produziu, em 2015, exatos 95 milhões de barris-dia de petróleo. Uma alta de 2,3 milhões sobre a produção do ano anterior. Alguns países produziram menos. Mas os países árabes, especialmente a Arábia Saudita, colocaram no mercado nada menos que 2,2 milhões de barris-dia a mais e os Estado Unidos foram ainda mais longe com seu petróleo e gás de xisto - colocaram 4 milhões de barris-dia no mercado. Ambos não estão aguentando essa corrida, esse perde-perde. As últimas análises indicam uma queda astronômica de 65% na produção do "shale" (gás e petróleo de xisto), o que está levando a uma nova perspectiva de recessão nos Estados Unidos. Para o lado do contendor saudita as notícias também não são alvissareiras - estaria ocorrendo uma queda de 22% na produção, e o FMI acaba de afirmar que a Arábia Saudita poderá entrar em falência em cinco anos. Dinamitaram os barris de petróleo e não sabem o que fazer com a nova crise mundial que estão perfurando.

Água e gás dos Estados na mira do governo federal
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Aqueles que não gostam de beijar.

Ao contrário do que pensamos, o beijo está longe de ser uma prática universal. Aliás, muitos povos consideram o beijo como algo nojento. Um estudo do Instituto Kinsey, da Universidade de Indiana (EUA), mostrou que apenas 46% dos 168 povos e culturas examinadas praticam o beijo de caráter romântico-sexual. No Brasil a intolerância ao beijo só existe em alguns povos da Amazônia. Segundo os pesquisadores o ato de beijar estaria vinculado ao surgimento do tempo livre. Deve ser: tempo livre que virou beijo livre que virou amor livre...O responsável é o tempo?

Água e gás dos Estados na mira do governo federal
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A medida mais importante é recuperar empregos e garantir o poder de compra dos brasileiros.

Há na essência do petismo um reducionismo que transforma adversários em inimigos. Assim agiram por décadas. Agora, sentem na pele a volta que a história dá, são hostilizados por onde passam, até mesmo com exageros. Mas há algo que escapa à maioria: muitos petistas não são de esquerda, defendem ou creem apenas em noções atrasadas e oportunistas. O lema deles, como de quase todos os políticos, é: "Tudo pelo poder". Assim, o chavão dos "pobres versus ricos" ou de "perseguido versus perseguidores", por mais que seja tosco, pode funcionar. Terceirizar seus interesses pela prefeitura de Campo Grande também. Assim agiram nas eleições municipais passadas, sacramentando a dupla que destruiu a prefeitura e pretendem repetir a dose, agindo nos bastidores e criando uma imagem de falso distanciamento.
A repetição petista de uma argumentação descabelada pode parecer inútil para alguns, mas não é. São tentativas do petismo de preservar uma imagem destruída de que somente eles protegem os pobres e "perseguidos". Há que obstinar, que mostrar a verdade.

Também há que demonstrar que o "novo" pacote de crédito público é uma versão envergonhada da política que pedalou a ilusão da prosperidade para reeleger Dilma, e que resultou em mais dívidas para as famílias e mais desarranjo para as finanças públicas. O petismo usou uma tonelada de anabolizantes pró-crescimento que produziram medonhos efeitos colaterais. Agora desejam administrar doses homeopáticas dos mesmos anabolizantes. Não fazem o dever de casa de reorganizar a sua própria economia. Não travam a mais decisiva de todas as batalhas que é a de recuperar empregos e garantir o poder de compra dos brasileiros. Tudo pelo poder, apenas poder e nada mais.

Água e gás dos Estados na mira do governo federal
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As Unimeds devem 1,2 bilhão ao governo e podem quebrar.

O medo de um calote generalizado das Unimeds assombra o governo federal e seus usuários. O levantamento realizado pelo jornal Valor indica que as Unimeds estão devendo 1,2 bilhão em débitos tributários e previdenciários. Apesar da divisão das Unimeds pelo Brasil, a estratégia que utilizam para não quitar as dívidas é semelhante em vários Estados - não repassam ao governo o imposto retido.

A lista de Unimeds devedoras e em risco é grande e crescente: de Brasília (R$ 426 mi), Paulistana (R$163 mi), Ceará (R$263 mi), Pernambuco (R$85 mi), Rio de Janeiro (R$ 127 mi), Minas Gerais (R$79 mi), Rio Grande do Sul (R$30 mi), Paraná (R$ 25 mi) e Pará (R$ 49 mi). A Unimed do Mato Grosso do Sul não está na lista crítica de devedores, mas o que preocupa é a metodologia de sonegação unificada pelo Brasil afora. A gestão empresarial do século XXI aconselha as empresas a serem proativas e estarem à frente do problema e não esperarem dormindo que uma "bomba" estoure.

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