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Em Pauta

Álcool e vacinas: quanto tempo sem beber após a injeção

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/02/2021 06:23
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Uma informação incorreta está levando os russos a não irem aos postos de vacinação para administração da Sputinik V. Há poucos dias, uma pesquisa mostrou que 58% dos russos entrevistados não tomariam a vacina. Uma das causadoras dessa fuga foi a entrevista da vice-primeira-ministra Tatiana Golíkova. Encarregada das operações de combate ao coronavírus, a política assegurou que as bebidas alcoólicas estão contra-indicadas durante 42 dias depois da imunização com a Sputinik V. Todos sabem do elevadíssimo consumo de vodka dos russos. Estão entre os campeões mundiais. Passar 42 dias sem beber a cada dose (84 dias) é algo impensável para os russos.


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Três dias sem beber?

O Instituto Gamaleya teve de sair em defesa da vacina, contrariando a vice-primeira-ministra. Afirmou que nas instruções enviadas aos centros de saúde, onde administram a vacina, a recomendação é de não ingerir bebida alcoólica durante três dias após cada dose. Mas a verdade não está com a política e nem com o Instituto. Não existem estudos que mostrem algum problema na ingestão de bebidas alcoólicas após a vacinação. Há cientistas e médicos que recomendam a suspensão de bebidas alcoólicas somente um dia após a injeção, como há outros que recomendem três dias. São tão somente "recomendações", precauções a serem adotadas.


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Bebidas alcoólicas fazem mal aos linfócitos T.

Se não há qualquer contra indicação de bebidas alcoólicas após a imunização, cientistas da Universidade da Califórnia vem demonstrando, há anos, que o consumo crônico de álcool reduz o número de determinadas células T. Constataram que desequilibra o funcionamento dessas células fundamentais para nossa proteção contra o coronavírus. Observem que essa pesquisa é para "consumo crônico ". Mas também há pesquisa para consumo moderado.  Cientistas suecos afirmaram que o consumo de bebidas alcoólicas de baixo a moderado afetava discretamente como o corpo reagia à vacina contra pneumonia bacteriana, ainda que não tenha interferido na resposta imunológica em si. Outra vez de marcar um fundamental "observe": a pesquisa foi feita para a vacina contra pneumonia causada por bactérias.

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