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Em Pauta

O imposto das medalhas olímpicas

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/08/2016 07:05
O imposto das medalhas olímpicas

Michael Phelps e Simone Biles são os atletas que receberam mais medalhas nas Olimpíadas. Quando regressarem aos Estados Unidos serão também os maiores contribuintes para a "taxa da vitória", um imposto polêmico - como todos os impostos - ao qual estão sujeitos os vencedores.

A taxa incide sobre o valor pago pelo Comitê Olímpico dos EUA pela vitória e ainda sobre o valor da medalha. Quem receber uma medalha de ouro recebe US$ 25 mil de premio e, ainda, lhe é cobrado o imposto sobre US$ 600, valor intrínseco da medalha de ouro (em verdade, a medalha de ouro tem 494 gramas de prata e tão somente 6 gramas de ouro). Cada medalhista de prata terá de pagar o imposto sobre US$ 15 mil do premio e US$ 300 que é o valor dessa medalha. Para os ganhadores de medalha de bronze a conta que será feita pelo fisco norte-americano é de US$ 10 mil do premio e US$ 4, valor da medalha.

Ao contrário da maior parte dos países, o fisco dos EUA encara os Jogos Olímpicos como se fossem jogos de cassinos e aplicam a taxa máxima dos imposto que é de 39,6%. Contas feitas, um campeão olímpico vale aos cofres dos EUA cerca de US$ 10 mil por medalhas. A prata paga quase US$ 6 mil em imposto e o bronze vale US$ 3.900. Phelps terá de pagar US$ 55 mil. Também é importante observar que, ao contrário dos brasileiros, os atletas olímpicos norte-americanos pagam pelos treinos ao invés de receberem dinheiro do governo e poucos recebem algum auxílio pecuniário de seu Comitê Olímpico quando treinam.

O imposto das medalhas olímpicas

As línguas dos poderosos

Há uma gramática, mas várias línguas. Há a linguagem hermética dos programadores de softwares, dos médicos, dos juízes... A mais famosa das línguas é a dos poderosos. FHC tem um discurso, eloquente, melífluo, mas não fala ao coração do povo. Conquista, mas não apaixona. Lula erra plurais que até as crianças conhecem: "os deputado", "os ministro". Carismático, Lula fez de sua fraqueza, uma força e simpatia. Envergonha a muitos pela pobreza gramatical.

Dilma, com curso universitário e leitora voraz, tem discurso totalmente dissociado da realidade. É a rainha do nonsense, das frases sem sentido como quando saudou: "a mandioca, uma das maiores conquistas do Brasil". Desde o início de seu mandato, parecia deslocada do poder. Tão deslocada que foi retirada. E chegamos a Michel Temer. Falou, finalmente sem rodeios, à nação. Sua erudição redundou em um fiasco. Mesóclise era, até a fala de Temer, uma mera colocação de pronomes, passou a representar uma linguagem sebosa. "Sê-lo-ia" é poeira, retirada de um baú perdido nas nuvens do esquecimento. Menos, Temer, menos.

Muito menos senhorita e senhores candidatos a prefeito que passam a ler o que os marqueteiros escrevem nos próximos dias. Mas, principalmente, menos mentiras.

O imposto das medalhas olímpicas

Só a esquerda oportunista não entende que a situação da economia melhorou

Melhorou ou "despiorou", esse o debate possível sobre a situação geral da economia brasileira. A principal crítica vem do comportamento oportunista da esquerda. Nem é possível um debate franco. Essa é a esquerda que nega apoio às propostas que, quando governo, enviou ao Congresso. Pior, assume a defesa dos "direitos adquiridos" de seus "vencedores". Vencedores que estão sofrendo o impeachment junto com Dilma.

"Vencedores", para a esquerda são os direitos corporativistas que assolam o país. Em verdade, esses tais vencedores, também conduziram o país à bancarrota. As centenas de categorias de funcionários públicos com bons ou ótimos salários - e pouco trabalho - desejam eternizar o aparelhamento dos governos. Usam, cada vez mais, em seu próprio benefício, os impostos que retiram dos "perdedores", do setor privado. Demissões, mudanças nos horários de trabalho e redução salarial - essa a realidade do setor privado. Para o mais humilde servidor público ou para um poderoso chefe de algum dos poderes, o país é outro. Um país rico que pode suportar seus direitos que passam para suas viúvas e filhos... direito à eternidade. Vão às ruas pedir apoio à manutenção de suas benesses. Esquecem-se de que os trabalhadores do setor privado já estão no "olho da rua". Mas, apesar deles, a situação melhorou.

Isso se deve à qualidade da proposta do atual governo - simples, eficaz e razoável. Vai, pouco a pouco, sendo aprovada no Congresso. Não sem longas discussões e ajustamentos do que é possível. Tudo que não existia na truculência, despreparo e mandonismo do governo anterior. Negociar com o Legislativo e Judiciário não é um ato de fraqueza. Ceder a outros poderes, não é entregar o país à sanha de aventureiros. "Cortar fundo na carne", como exigem outros críticos, é algo que gera sérias dúvidas. Um dramático corte nas despesas não criaria um fosso psicológico ainda mais profundo? Não abalaria ainda mais a confiança do investidor?

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Uma cidade de lixo tóxico detona novo conflito

O lixo será um dos maiores responsáveis por conflitos entre nações. Especialmente se for tóxico. Os governos dos Estados Unidos e da Dinamarca terão de, nos próximos anos, resolver um gravíssimo problema de lixo tóxico na Groenlândia.

Durante a Guerra Fria, em 1959, o exército dos EUA, com permissão da Dinamarca, construiu uma imensa cidade de lixo na ilha gelada. Foram abertos incríveis 4.000 quilômetros de túneis perfurados a dezenas de metros sob o gelo. Publicamente seria um laboratório de pesquisas, na prática era um colossal depósito de lixo tóxico e de ogivas atômicas. É claro que todas voltadas para a extinta União Soviética. A Groenlândia está há poucos quilômetros das antigas repúblicas socialistas.

Havia escritórios, laboratórios, ginásios, bares e até uma capela. Era denominado "Projeto Verme de Gelo".
No pós-Guerra Fria, foi fechado. Virou um depósito de lixo de 55 hectares. Contem 200 mil litros de combustível, uma quantidade desconhecida do tóxico PCB - bifenilos policlorados, 200 mil litros de água contaminada por material nuclear e resíduos fecais. É uma bomba diplomática em vias de explodir.

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