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Em Pauta

O longo e difícil processo de saída da crise econômica

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/03/2016 07:54
O longo e difícil processo de saída da crise econômica

À parte as soluções mirabolantes propostas pelos mesmos "mágicos" da economia que nos levaram ao cadafalso, a melhoria das contas públicas obriga novos e antigos governantes a patrocinarem reformas. A primeira alternativa que sempre surge na mente dos governantes malemolentes é aumentar impostos. Mas grande parte da população se opõe a novos aumentos de tributos – aumento de tributo tem nome no Brasil, se chama volta da CPMF. Pesquisa recente do Ibope mostrou que 75% dos entrevistados são contrários ao retorno desse imposto. A agenda é indigesta.
Pelo lado das despesas será necessário mexer com os benefícios previdenciários que subiram de 5,3% do PIB para 7,3% do PIB. Uma conta impossível de pagar. A ideia que viceja em Brasília seria a elevação da idade mínima para a aposentadoria. Uma proposta que só avançará com um governo forte para bancá-la.
Mas, a reorganização das contas não para no sistema previdenciário. Há muito sabemos que os 686 bilhões de reais, que foram gastos com funções tipicamente sociais – Bolsa Família, aposentadorias, seguro-desemprego, abono salarial, saúde e educação – não conseguirão ser preservados em toda sua amplitude. Terão de ser revistos sob a ótica do que realmente funciona para que os números sejam redimensionados, terão de ser passados por um pente fino. Enfrentar o gravíssimo problema das contas públicas requer decisões difíceis.
Encontrarão resistência de parcela da população e dos parlamentares. Todos querem mais despesas e não menos despesas. Não será indolor, mas a opção por não resolver as contas públicas, terá custos ainda maiores e mais prolongados que os atuais.

O longo e difícil processo de saída da crise econômica

Temer e uma agenda mais liberal.

Hoje o país não tem uma agenda econômica, apenas garras tentado o impossível gesto de manutenção no poder. Com o desembarque do PMDB do governo Dilma, Temer será o novo chefe de Estado. E agora? Um novo governo sempre traz um novo alento para a economia. Todavia, os graves problemas do país serão herdados. Desemprego em alta e falta de investimentos terão de ser equacionados. Para cada um deles, abrem-se uma cornucópia de opções, mas todas são lentas e difíceis. Diante de um país exaurido pela crise, Temer verá seu poder de negociação elevado, ao menos inicialmente. Mas haverá um prazo de validade para seu poder. Hoje, não existe túnel. Temer terá de construir um túnel e acender as luzes para encontrarmos a saída. Terá de organizar uma agenda de médio prazo para conquistar a confiança do empresariado. Parece simples, mas na prática a história é outra. Ele assumirá em um clima de desconfiança em um país polarizado. Mas o tamanho e a velocidade de crescimento da crise poderá forçar o apoio de setores que hoje não admitem reformas. O provável governo Temer não é um tiro no escuro. Há um projeto - Ponte para o futuro - escrito por várias autoridades respeitáveis, que coloca as cartas na mesa. É uma agenda de cunho mais liberal.

O longo e difícil processo de saída da crise econômica

Falta milho no mercado brasileiro?

O alerta foi dado pelas compras expressivas dos gigantes BRF e JBS de milho paraguaio e argentino. Apenas em março, adquiriram 500 mil toneladas de milho dos países vizinhos. Um volume projetado para os primeiros seis meses de 2016 e não apenas em um mês.
De um lado, alguns analistas afirmam que as importações refletem o aumento exagerado de 35% que o cereal obteve neste ano, mas tantos outros analistas da área afirmam que estão ocorrendo exportações aceleradas desse que é o principal ingrediente da ração de frangos e suínos. Só nos dois primeiro meses do ano, o Brasil exportou quase 10 milhões de toneladas de milho, mais que o dobro do mesmo período no ano passado (4,2 milhões). Preço elevado ou falta milho? Ou os dois elementos cruciais para as compras?

O longo e difícil processo de saída da crise econômica

Sua fala, sua depressão.

Você tem se sentido melancólico ultimamente? Se vivesse em Maryland (EUA) poderia sacar seu celular e simplesmente falar sobre seu dia. Algumas horas depois, o seu terapeuta lhe enviaria uma mensagem perguntando se deseja encontrá-lo. Os cientistas da Universidade dessa cidade norte-americana descobriram que certas características vocais mudam à medida que os sentimentos de depressão pioram nos pacientes.
Em vez de depender exclusivamente de autorrelatos dos pacientes, criaram um sistema de informática que monitora os sintomas da doença mental à partir de estudos entre os padrões de depressão e de fala. Incorporaram um estudo antigo ao novo e, ainda, à Escala de Depressão de Hamilton - uma ferramenta padrão de avaliação clínica para medir a gravidade da depressão. Encontraram uma correlação entre depressão e certas propriedades acústicas. Quando os sentimentos de depressão estavam pior, o discurso tendia a ser mais lento. Fornecem o aplicativo do celular e o feedback de apoio. Enquanto isso, na capital do Mato Grosso do Sul... faltam seringas nos postos de saúde.

* Com relação a nota - Governo Dilma: sai PMDB, entra PP e PSD - Marquinhos Trad se posiciona:

"Nunca apoiei a Dilma. Nem em sua eleição, bem como na reeleição. Quando entrei no PSD, deixei claro ao presidente do partido, Ministro Kassab, que seria opositor."

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