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Em Pauta

Ofensiva para resgatar projetos que aliviarão o cenário ruralista nacional

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/04/2015 07:37
Ofensiva para resgatar projetos que aliviarão o cenário ruralista nacional

Ministro da Fazenda reunirá com bancada ruralista no dia 05 de maio.

A bancada ruralista no Congresso Nacional prepara uma ofensiva para resgatar projetos e cobra do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, uma série de medidas que, julgam, aliviarão o cenário nacional de dificuldades econômicas. A lista a ser pleiteada é composta por:

1. Liberação de R$690 milhões para as subvenções ao prêmio do programa federal de seguro rural.
2. Permitir a aquisição de terras por empresas estrangeiras.
3. Ampliar o direito de recuperação judicial para produtores rurais pessoas físicas.
4. Liberar o fundo de catástrofe para ajudar a cobrir estragos provocados por intempéries
5. Liberar o fundo de mitigação de riscos de investimentos para socorrer produtores em período de inadimplência.
6. Para o Plano Safra a ser anunciado no dia 19 de maio pela Presidenta Dilma, o pleito é de que as taxas médias de juros permaneçam estáveis, por volta de 6,5%. O Ministro defende que a taxa alcance 9%.
7. Proibir a venda casada de crédito e seguro rural.
8. Um novo sistema em que a subvenção ao seguro rural seja repassada pelo governo diretamente aos produtores.
9. Criar facilidades, junto ao Conselho Monetário Nacional - CMN, para a captação de Letras de Crédito Agrícola pelos bancos.
10. Acabar com o Ciep - conselho interministerial que deveria controlar estoques públicos de alimentos, mas que se mostrou ineficiente.

Ofensiva para resgatar projetos que aliviarão o cenário ruralista nacional
Ofensiva para resgatar projetos que aliviarão o cenário ruralista nacional

Nos bastidores da Câmara Federal trava-se um intenso debate sobre o futuro dos planos de saúde.

Não há dúvidas que o Presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, é uma figura polêmica. Notabilizou-se por um resultado estrondoso contra seu concorrente petista e por colocar em votação matérias que dormiam em berço esplêndido há muitos anos. Redução da maioridade penal e terceirização estavam fadadas ao esquecimento se não fosse o poder de sua caneta.

Com a mesma velocidade que imprime para a votação de alguns projetos ele barra outros. O Deputado Ivan Valente (SP) propôs uma CPI dos Planos de Saúde, coletou todas as assinaturas necessárias e foi barrado por Eduardo Cunha. Essa tentativa de CPI está morta, a caneta poderosa de cunha a arquivou. Só ressuscitará caso o STF dê ganho de causa ao deputado paulista. Ele argumentava que os planos de saúde são os campeões nacionais em reclamações no Procon e ainda perderam 88% das ações que foram movidas contra eles na justiça. Também afirma que paga mal os médicos, aumenta o valor dos planos e reduz os direitos. E diz mais: "Em 2013, os planos de saúde obtiveram o lucro recorde de R$ 111 bilhões". Valente esbraveja: "É uma distorção enorme termos 50 milhões de pessoas, em um país subdesenvolvido, pagando o valor que pagam por um serviço péssimo". E tem mais. A presença dos planos de saúde na política tem ficado cada vez mais saliente. Chegou a quase R$ 55 milhões nas últimas eleições. 131 candidatos foram agraciados com essa soma fabulosa. Três governadores, três senadores, 29 deputados federais e 24 estaduais foram eleitos com o apoio dos planos de saúde. Cunha recebeu R$250 mil de um deles.

Eduardo Cunha não milita em defesa dos planos de saúde apenas barrando a CPI. Ele desarquivou um projeto de sua autoria que visa inserir na Constituição os planos de saúde como direitos dos trabalhadores. Na prática, o texto obriga as empresas a pagarem planos de saúde privados a todos os empregados o que elevaria o número de clientes, desses planos, em mais 21 milhões de pessoas. Só um milagre ressuscitará a CPI contra os planos de saúde. Mas o projeto que lhes é favorável brevemente estará no plenário.

Ofensiva para resgatar projetos que aliviarão o cenário ruralista nacional
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Fibria perto de definir ampliação em Três Lagoas.

Nas próximas semanas o conselho de administração da Fibria definirá o aporte de US$ 2,5 bilhões para mais que duplicar a capacidade de produção de sua fábrica em Três Lagoas. Ela pretende montar uma nova linha que produzirá 1,7 milhão de toneladas por ano, que se somará às 1,3 milhão já produzidas anualmente na unidade. A meta é colocar em funcionamento no terceiro trimestre de 2017. Uma boa notícia para o varejo e serviços da cidade que está com dificuldades pelos problemas ocasionados na construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras. A perspectiva de uma decisão favorável é considerada boa pelos dirigentes locais da Fibria, uma vez que a planta de Três Lagoas apresentou lucro de R$513 milhões no ano passado.

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O profissional do futuro.

Quais as competências e habilidades que as empresas cobrarão de seus profissionais daqui a cinco anos? Pode parecer inútil fazer planos de carreira em meio às incertezas da economia, quando tudo parece pouco sólido. Mas um bom pretendente a profissional não deve descuidar de suas ambições futuras por causa do presente nebuloso. Devem ter visão de longo prazo e fazer ajustes ao longo do caminho.

Um estudo da CTPartners, empresa de recrutamento de executivos, feito em 24 países, incluindo o Brasil mostra quais serão as habilidades mais importantes dos líderes em 2020: primeiro deve estar preocupado em ser um cidadão global, transitar entre diversas culturas e cenários (especialmente as chinesas e indianas). Também deve aprender a calcular riscos, abraçar mudanças e questionar os modelos de negócios atuais. Sempre agir como um embaixador da empresa, sendo acessível e visível aos funcionários. Deve personificar os valores e as qualidades da empresa e de seus produtos para os clientes. Por último, deve saber atrair, engajar e inspirar os profissionais mais jovens. Feliz 2020!

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Nem só teorias ou práticas. As universidades deveriam formar pessoas com maior autonomia.

Nos Estados Unidos, universidades como Harvard, Columbia, Yale e Princeton compõem a Ivy League, o clube das melhores e mais tradicionais, onde se formaram Obama e Lemann. Caras e associadas à elite norte americana, mas também à excelência acadêmica. Elas influenciam o ensino no mundo todo. Mas há uma nova crítica que está sendo produzida pela Ivy League. A preocupação em formar líderes voltados só para as necessidades do mercado prejudica a carreira de muitas pessoas. Ao privilegiar a ascensão profissional, as universidades deixam de lado a formação intelectual verdadeira, que proporciona autonomia e realização profissional por meio do trabalho com propósito. O erro estaria no fato de que o conceito de liderança, tal qual vem sendo aplicado, é distante do que o ideal de liderança realmente representa. Essas ideias começam a aparecer no Brasil. Um ex-presidente acaba de conquistar para seu instituto alguns dos jovens mais ricos do país para infundir esse novo ideário. E não se trata de proselitismo partidário e sim de infundir novos conceitos de criatividade e habilidade para trabalhar com pessoas e ser um dirigente ou empresário antenado com o século XXI. Algo quase inexistente no Brasil e muito menos no Mato Grosso do Sul.

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