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Em Pauta

Os produtos feitos com cobre mantém o coronavírus à distância?

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/06/2020 08:13
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A retomada do cobre como material que auxilia no combate a infecções teve início no fim de março nos Estados Unidos. É uma boa ideia usar máscara revestida com cobre para evitar a infecção? Revestir maçanetas da casa com cobre surte algum efeito? E usar pulseiras de cobre, imunizam a pessoa? Os EUA viram uma enxurrada de produtos serem revestidos com cobre de noite para o dia. Meias, lençóis, pulverização de cobre nas residências e escritórios. Até uma fantástica vareta para ser pregada na parte interna do nariz foi inventada. Não há dúvida alguma de que o cobre têm qualidades antimicrobianas, mas os produtos realmente fazem efeito no combate à pandemia?


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O que o cobre pode fazer com os patógenos.

Mesmo antes de termos uma ideia correta do que é um germe, a humanidade já usava cobre para manter a água segura para beber. Os egípcios, ao que tudo indica, foram os primeiros a utilizá-lo com a ideia de beber água limpa. Hoje, os cientistas conhecem o metal como um matador rápido de micróbios, capaz de evitar a propagação de E.coli, salmonela, vírus da gripe e muito mais. Em certas condições, o cobre efetivamente "asfixia" os micróbios. Em um estudo do New England Journal of Medicine, os pesquisadores relataram que, sob condições controladas de laboratório, o coronavírus não dura mais do que poucas horas em uma superfície feita de cobre. Já em aço inoxidável ou em plástico, o coronavírus dura dias. Mas há um consenso entre os cientistas que as superfícies pouco significam na transmissão desse vírus.


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Como o cobre mata o vírus.

Quando o cobre entra em contato físico com o coronavírus, ele pode liberar íons reativos que atacam e perfuram o exterior do vírus. Isso dá aos íons o acesso ao interior, "às entranhas" do vírus, onde causam estragos ao DNA ou RNA. Há uma segunda atividade do cobre que prejudica o vírus. Ele invade e desloca outros metais, prejudicando ou destruindo as proteínas virais. Se 40% das proteínas do vírus não funcionarem, o vírus não "trabalha".


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Muito cobre ou nada de efeito.

O problema do uso de produtos de cobre, mais especificamente de máscaras está no custo. Como é um metal caro, as máscaras que estão sendo fabricadas nos EUA levam pequenas quantidades de cobre em sua superfície. Se a máscara é de 1% de cobre (como a maioria), isso significa que há 99% de sua superfície para o coronavírus ultrapassar e chegar à tua boca ou nariz. A durabilidade é outro problema. Se a máscara com superfície de cobre estiver sendo lavada ou desinfetada repetidamente, você estará removendo os íons de cobre que são os protetores. O cobre também não têm uma ação instantânea, leva 45 minutos para reduzir pela metade a quantidade de vírus de uma superfície. As melhores -  e mais baratas - alternativas continuam sendo as já sobejamente conhecidas: lavar as mãos, manter distância... mas se você é rico, pode usar uma bela máscara de cobre e mandar trocar todas as maçanetas das portas de tua casa.

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