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Em Pauta

Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/10/2019 06:31
Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista

A indústria da alimentação evoluiu em poucos anos como não tinha feito em séculos. A agricultura e a pecuária, possivelmente as indústrias mais antigas do mundo, se encontram cada vez mais na vanguarda da ciência e da tecnologia. Especialmente em busca de um caminho para a sustentabilidade. Não é simples agradar clientes que demandam cada vez mais por alimentos sadios e protetores do ambiente... e ainda ter lucro. Mais de 20% dos consumidores de produtos do campo querem saber a origem dos produtos que compram, se usam pesticidas ou como estão sendo tratados os animais nas fazendas. E esses 20% se converterão em maioria logo mais. Em muitos países, todas as informações a respeito da origem já estão nos códigos de barra. A transparência não é só cobrada nas ações dos políticos, se preocupam cada vez mais com o que comem.

Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista

Uma máquina agrícola ambientalista.

Soja e milho se tornaram inimigos dos ambientalistas. A culpa é dos herbicidas? Tal como nas dietas da moda que propugnam abolir gorduras e açúcares, a culpa não é dos herbicidas e sim de seu uso exagerado. Esse uso desmesurado de herbicidas é um dos piores equívocos dos agricultores. Custa caro e cria plantas daninhas que se tornam resistentes aos herbicidas. O conceito correto é usar os herbicidas em doses mínimas. Não afetaria o meio ambiente, sairia muito barato e não criaria ervas daninhas resistentes. Assim pensando, surgiu a empresa "Blue River Technology", que foi adquirida pela gigante John Deere. Construíram máquinas inteligentes que oferecem aos agricultores uma nova maneira de controlar e prevenir ervas daninhas. E o mais interessante, eliminam 90% dos volumes de herbicidas que os produtores pulverizam atualmente. Veja o mapa mundial de resistência a herbicidas em plantas daninhas. O Brasil aparece logo abaixo do topo de resistência. Já existem 250 espécies de ervas daninhas resistentes aos herbicidas. O novo conceito adotado pela máquina é pulverizar herbicida exclusivamente nas plantas que estão sendo atacadas pelas ervas daninhas ou que estão susceptíveis de um ataque.

Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista
Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista

Leite sintético.

Em poucos anos, poderemos beber leite sintético que não provenha de animais. Para sua produção se utilizam levedura modificadas, que são misturadas com proteínas, vitaminas e outros nutrientes. Uma tecnologia que, no momento, é bastante cara. Uma empresa da Califórnia lançou há pouco os primeiros sorvetes premium fabricados com leite sintético que não é de vaca. Custa muito caro: US$100 por pote.

Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista
Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista

Google e o coletor de maçãs.

Em Silicon Valley, como era de esperar, também trabalham para modernizar a agricultura. Google decidiu apostar na Abundant Robotics, uma empresa que desenvolveu um robô para colher maçãs utilizando uma espécie de aspirador que succiona o fruto sem que sofra um mínimo dano.

Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista
Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista
Revolução 4.0: Leite sintético e maquinário ambientalista

O coletor de pimentões Sweeper.

Colher pimentões era uma trabalho braçal árduo. A empresa europeia Sweeper, em colaboração com a Universidade de Wageningen, de Washington, criou um coletor que está fazendo sucesso. Ele processa as imagens para determinar se o pimentão está pronto para ser colhido e, nesse caso, saca uma pequena faca, corta o talo e o pimentão cai na cesta carregada por um braço do robô.

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