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Em Pauta

Vírus derruba ainda mais a produção industrial

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/05/2020 07:31
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

O que estava ruim, piorou muito mais. A produção industrial brasileira estava em queda de 1% no ano passado. O IBGE acaba de informar os novos números de 2020: queda de 9,1%. O vírus derrubou a indústria nacional como só vimos na na greve dos caminhoneiros  em maio de 2018, que paralisou o país. A diferença é que em 2018, foi apenas um mês de queda, seguida por rápida recuperação. Desta vez, o abalo assustou. Os representantes das associações industriais correram ao ministro Paulo Guedes pedindo socorro. Todos sabem que a queda continuou em abril e continuará em maio, ainda que não esteja contabilizada.


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Dos 26 setores industriais, 23 apresentaram queda.

A queda na produção industrial foi generalizada. Nada menos de 23 setores industriais caíram, somente 3 mantiveram ou cresceram. A queda generalizada mostra algo bem mais preocupante, refletirá, sem nenhuma margem de dúvida, em toda a economia nacional. Atingirá os serviços e, inclusive, o agronegócio. Como era de esperar, as maiores quedas se deram em roupas e acessórios, mobiliário e automóveis. As altas - bem modestas - também eram esperadas: produtos de limpeza, perfumaria, higiene pessoal, papel higiênico e fraldas descartáveis e o mais óbvio de todos: equipamentos hospitalares (o único que teve alta bastante elevada). O IBGE também mostrou um expressivo aumento na fabricação de caixões.


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Satisfação financeira.

O índice que mede a satisfação financeira dos proprietários de indústrias caiu tanto que voltou a um patamar que eles acreditavam que nunca mais enxergariam: aos tempos da recessão de Dilma, em 2016. Mas observem bem, o setor industrial - ao contrário do setor de serviços (comércio, inclusive) - não sofreu qualquer restrição de governos. Raros municípios (ou Estados) determinaram que fechassem as portas pois não há contato direto com consumidores. Isso significa que certamente os setores de serviços - que mantêm contato com o consumidor - sofrerá um impacto ainda maior e prolongado que o industrial.
O FMI e o Banco Mundial calculam que o Brasil passará por uma recessão não menor a 5% do PIB. Será a pior recessão do século XX.
Correram ao Posto Ipiranga. O posto avisou que não tinha gasolina (redução de impostos). Juntos, ministro e empresários, recorreram ao presidente da República. Todos foram parar no STF solicitar o fim do isolamento. Talvez fosse melhor pedir ao pastor Valdomiro - aquele do chapelão - que promete a cura do covid-19.

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