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Direto das Ruas

Azeite fabricado clandestinamente em SP é encontrado em mercado da Capital

Flagrante enviado por leitor ao Campo Grande News aponta que produto envolvido em esquema de fraude é vendido na cidade

Humberto Marques | 17/06/2019 14:08
Azeite encontrado em fábrica clandestina pela polícia tem unidades comercializada em outros Estados, conforme a polícia paulista. (Foto: Direto das Ruas)
Azeite encontrado em fábrica clandestina pela polícia tem unidades comercializada em outros Estados, conforme a polícia paulista. (Foto: Direto das Ruas)

A descoberta de uma fábrica clandestina de azeite de oliva na zona leste de São Paulo pode ter implicações no mercado sul-mato-grossense. A ação, ocorrida em 11 de junho, culminou na apreensão de 40 mil litros de óleo vegetal e 15 mil frascos do produto, além de tampas e rótulos de, pelo menos, quatro marcas que teriam sido criadas pelos supostos golpistas para dar vazão ao azeite –que, entre seus componentes, usava óleo lampante, substância que pode causar problemas à saúde se consumida indevidamente.

Uma das marcas criadas pelo grupo de falsários foi encontrada em um supermercado da periferia de Campo Grande, conforme denúncia de leitor encaminhada à reportagem. A Polícia Civil paulista confirmou a prisão de uma pessoa e a continuidade das investigações, reconhecendo ainda ter notícias de que unidades do produto foram encontradas em grandes redes de mercados em outros Estados.

O exemplar do azeite, da marca Quinta D’Ouro, foi fotografado e teve mensagem enviada ao Campo Grande –que contatou a rede varejista para obter detalhes sobre a aquisição, não obtendo detalhes até a veiculação desta reportagem. O rótulo foi um dos identificados no esquema sob investigação em São Paulo, ao lado de frascos com as marcas Olivais do Porto, Quinta Lusitana e Évora, que informavam se tratar de produto do tipo extra-virgem e fabricado em Portugal.

Todos os produtos tinham a mesma embalagem, tendo a rotulagem alterada conforme a vontade dos fabricantes. A operação ocorreu em um galpão na Vila Califórnia, em meio a apurações sobre roubo de cargas de azeite. Ao seguirem um caminhão de entregas, os investigadores descobriram um esquema de envase do produto, com direito a maquinário industrial.

Máquina de envase, tonéis e garrafas já rotuladas foram encontrados em depósito na Vila Califórnia. (Foto: Polícia Civil de São Paulo)
Máquina de envase, tonéis e garrafas já rotuladas foram encontrados em depósito na Vila Califórnia. (Foto: Polícia Civil de São Paulo)

Tonéis armazenavam os produtos, sendo identificados óleos vegetais, aromatizantes e o óleo lampante, fabricado a partir de azeitonas de pior qualidade e que não é considerado apropriado ao consumo humano.

Em entrevista ao G1, o delegado Milton Burgese de Oliveira confirmou que as marcas foram inventadas, com os rótulos sendo criados aleatoriamente, mas sempre com um mesmo produto. As apurações buscam os distribuidores da mercadoria. A Polícia Civil de São Paulo informou, ainda, que notificaria a Vigilância Sanitária sobre a fraude, para que os produtos fossem retirados de circulação.

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