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Direto das Ruas

Enfermeiros protestam por valorização da profissão após 2 suicídios

Técnicos, auxiliares e enfermeiros pedem piso salarial e redução da carga horária de 44 para 30 horas semanais

Silvia Frias | 27/01/2019 11:54
Manifestação reúne cerca de 150 pessoas, na Praça do Rádio, segundo organização (Foto:Divulgação)
Manifestação reúne cerca de 150 pessoas, na Praça do Rádio, segundo organização (Foto:Divulgação)

Cerca de 150 profissionais da Enfermagem participam de protesto nesta manhã, na Praça do Rádio Clube, no centro de Campo Grande. Técnicos, auxiliares e enfermeiros reivindicam a valorização da profissão.

A manifestação é nacional e está sendo feita simultaneamente com profissionais em São Paulo, que reúnem-se no Masp. Os profissionais estão com faixas e cartazes e fazem revezamento nos pronunciamentos.

Em Campo Grande, a manifestação é organizada pelo Sista/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul).

Categoria pede valorização da profissão (Foto:Divulgação)
Categoria pede valorização da profissão (Foto:Divulgação)

O objetivo da campanha nacional é trazer melhores condições de trabalho, entre elas a redução da jornada de trabalho de 44 para 30 horas semanais. Segundo a presidente do Sista/MS, a enfermeira Clea Gomes, os profissionais sofrem com sobrecarga e as consequências prejudiciais dessa condição de trabalho.

Clea Gomes disse, ainda, que a categoria reivindica um piso salarial, para evitar discrepâncias que existem atualmente. “No interior, há remuneração de R$ 1,6 mil, na Capital tem até R$ 3 mil, essas diferenças precisam ser resolvidas”.

Trabalho - a exaustiva carga de trabalho feita para melhorar a remuneração acaba sendo estopim de sérios problemas psicológicos. Em 25 dias, Campo Grande registrou dois suicídios de profissionais da Enfermagem.

Com três empregos e afastado há três meses pela psiquiatria, recebendo pelo INSS, o técnico de enfermagem William Flávio Corrêa Franco, 37 anos, se matou no banheiro do CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa, no dia 25 de janeiro, três dias depois de retornar ao trabalho.

No dia 2 de janeiro, a enfermeira Janaína Silva e Souza, 39 anos, foi encontrada morta na casa onde vivia, em Campo Grande. Próximo ao corpo, frascos de medicamentos e uma seringa - e, conforme investigação policial, teria cometido suicídio. Janaína trabalhava no Hospital Regional.

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