Jovem é agredido em tentativa de assalto e denuncia ladrão homofóbico
Léo voltava do trabalho com um amigo quando foi abordado por motociclista que gritava “bicha” e “viado”
RESUMO
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Um jovem de 26 anos foi vítima de perseguição, agressão e tentativa de assalto na madrugada de quarta-feira (24), na região central de Campo Grande. O artista, identificado como Léo, que trabalha como drag queen, muralista, DJ e maquiador, foi abordado por um motociclista na Rua 14 de Julho. Após recusar entregar seus pertences, Léo foi perseguido e agredido pelo criminoso, que o ameaçou com uma faca. Durante o ataque, o agressor proferiu insultos homofóbicos. A vítima registrou boletim de ocorrência por lesão corporal dolosa e injúria qualificada por LGBTfobia, apresentando escoriações nos cotovelos e pernas.
Um jovem de 26 anos diz que viveu “um pesadelo” na madrugada de quarta-feira (24). Léo, que prefere se identificar apenas dessa forma, foi perseguido e agredido após anúncio de assalto por um motociclista ainda não identificado. Câmeras de segurança registraram o crime na Rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande.
Era pouco mais de 1h quando Léo, que atua como drag queen, muralista, DJ e maquiador, voltava do trabalho acompanhado de um amigo. Ele contou que foi abordado próximo à Rua Barão do Rio Branco e ouviu o motociclista gritar “perdeu, perdeu”. A vítima e o amigo tentaram fugir, mas foi alcançada e começaram as agressões.
Na tentativa de escapar, os dois correram em direção à Avenida Afonso Pena, onde pediram ajuda a motoristas parados, mas dizem que foram ignorados. Depois, buscaram socorro em uma lanchonete. “Pensei que seria um lugar onde iriam me defender, mas foi o maior erro da minha vida”, relatou o artista.
As imagens mostram o maquiador se escondendo atrás de um trailer de lanches porque, segundo ele, os pedidos de ajuda foram ignorados mais uma vez. O criminoso entrou no trailer, pegou uma faca de cozinha e o ameaçou colocando o objeto no pescoço do jovem. “Eu só queria que ele seguisse o caminho dele para acabar com esse pesadelo”, disse.
Ainda conforme a vítima, em vários momentos o agressor repetiu xingamentos como “seus bichas” e “seus viados”.
O ataque terminou quando o motociclista desistiu diante da aglomeração no lugar. Léo teve escoriações nos cotovelos e nas pernas. Em seguida, Léo foi amparado por um professor que estava na lanchonete e o acompanhou até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde registrou boletim de ocorrência por lesão corporal dolosa e injúria qualificada pela LGBTfobia.
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