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Direto das Ruas

"Me negaram ajuda", diz vítima de sequestro que pediu socorro a moradores

Depois de ser solto por bandido que ainda tentou beijá-lo, jovem pediu ajuda sem sucesso

Clayton Neves e Ana Beatriz Rodrigues | 28/07/2021 16:35
Vítima está de férias em Campo Grande e voltará para o Paraná no próximo domingo. (Foto: Kísie Ainoã)
Vítima está de férias em Campo Grande e voltará para o Paraná no próximo domingo. (Foto: Kísie Ainoã)

Refém de bandido armado por quase 1 hora, homem de 28 anos, alvo de sequestro relâmpago na noite de ontem (27), teve pedido de ajuda negado ao procurar por socorro momentos depois de ser solto pelo criminoso. Em uma das casas em que bateu, a dona do imóvel disse que não era problema dela.

“Eu expliquei toda a situação, mas ela me negou ajuda. Falou que não tinha nada a ver com aquilo, que não era problema dela e fechou a janela na minha cara”, contou ao Campo Grande News. Desesperado, o jovem relata que foi até outra residência, onde também não conseguiu abrigo. “O homem disse que chamaria a polícia, mas que eu tinha que esperar na rua”, completa.

Com a chegada da PM, o supervisor empresarial acreditou que seria levado para casa na viatura, mas novamente foi orientado a permanecer no local para que os militares fizessem rondas à procura do suspeito. “Eu acabei voltando para casa a pé, até porque, não ia ficar lá parado no meio da rua sozinho”, explica.

Depois de caminhar por mais de uma hora, a vítima chegou em casa onde se deu conta de tudo o que aconteceu e foi acolhido pela família. “Quando fui solto, ele falou que me mataria e cheguei a ouvir a arma fazer um barulho. Chorei quando cheguei em casa, mas enquanto eu estava com o assaltante, mantive o controle para mostrar a ele que eu estava tranquilo”, pontua.

De férias em Campo Grande, o trabalhador conta que está na Capital há 15 dias para visitar parentes e que retorna para o Paraná no próximo domingo. Na mala, levará o trauma de quem, por vários momentos, imaginou que morreria. “É uma mistura de alívio e medo”, afirma.

O caso - O rapaz contou que estava em frente de casa mexendo no celular, na Rua Cesário Alvim, quando um homem passou e deu boa noite. Distraído, ele responde, mas, em seguida, o assaltante apontou a arma e anunciou o assalto.

O criminoso mandou a vítima caminhar normalmente e saíram lado a lado caminhando pelo bairro. Depois de andarem por 50 minutos, o bandido mandou o homem entrar em uma chácara, nos fundos da Sétima Igreja Presbiteriana. Nesse momento, o assaltante quis dar um beijo no rosto da vítima, dizendo que ele era muito bonito.

A vítima contou que, em seguida, teve o celular e o cartão de crédito roubados e que o assaltante mandou ele sair andando em linha reta, contando até 10 em voz alta e que iria atirar. O homem obedeceu e depois de alguns passos, percebeu que o assaltante ia dar um golpe na arma, então, abaixou e saiu se arrastando.

Poucos minutos depois, ele olhou para trás e viu que o criminoso estava indo embora mesmo, foi quando se levantou e pediu socorro.



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