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Direto das Ruas

Moradores esgotam tentativas de exterminar escorpiões em bairro da Capital

Calorão propicia surgimento dos aracnídeos e prevenção contra ataques começa com limpeza e fechamento de aberturas nas casas

Danielle Valentim e Bruna Pasche | 14/11/2018 11:31
Espécie encontrada nos quintais. (Foto: Henrique Kawaminami)
Espécie encontrada nos quintais. (Foto: Henrique Kawaminami)
"Diferente da minha vizinha que só achou no quintal, eu já peguei no banheiro e no quarto das filhas de 2 e 9 anos, que são alérgicas", disse.(Foto: Henrique Kawaminami)
"Diferente da minha vizinha que só achou no quintal, eu já peguei no banheiro e no quarto das filhas de 2 e 9 anos, que são alérgicas", disse.(Foto: Henrique Kawaminami)

Moradores da Rua Anita Garibaldi, no Bairro Eldorado, em Campo Grande estão preocupados com o, constante, surgimento de escorpiões, nos últimos meses. Com tentativas de exterminação esgotadas, os vizinhos apontam a preocupação com as crianças e cachorros.

A dona de casa Maria Reiva Zanin, de 62 anos, mora na mesma casa há 25 anos e só teve problema com escorpião este ano. Ela aponta que a situação se intensificou nos últimos quatro meses.

Desesperada com a situação, a moradora contou a reportagem que já dedetizou até os forros da casa e de dois meses para cá já matou mais de 10 da espécie amarela. Visivelmente abalada, Maria fez questão de abrir as portas da casa, para mostrar a limpeza do quintal e interior do imóvel.

“Tenho mania de limpeza, então não é sujeira. Eu vou morrer aqui. Também estou preocupada com a sua vida da minha cadela. Ontem estava varrendo a cozinha quando escorpião seguiu em direção a cama dela. Matei o escorpião com uma vassoura e minha funcionária tirou ele para fora”, disse.

Maria pontua que já não anda descalça por medo de ser picada e ressalta que a residência não possui fossa. Com tentativas esgotadas, a moradora fez um apelo: “Alguém vai ter que fazer alguma coisa, porque eu já tentei de tudo”, finalizou.

Na residência localizada aos fundos, a moradora também encontrou os aracnídeos. O vizinho ao lado, Paulo Henrique de Araújo, de 39 anos, teme pela vida filha que é alérgica.

“Já matei uns oito e diferente da minha vizinha que só achou no quintal, eu já peguei no banheiro e no quarto das filhas de 2 e 9 anos, que são alérgicas. Desde que vi o primeiro coloquei tela no bueiro e nas frestas da casa. Acho que vem do esgoto, porque se fazer a ligação não tinha problema”, disse Paulo, que também achou o da espécie vermelha.

O Campo Grande News questionou a assessoria de imprensa da prefeitura uma explicação do surgimento dos animais neste ano, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.

2017 – No ano passado houve 211 incidentes envolvendo pessoas ferroadas por escorpiões na Capital, conforme números do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), do governo estadual. Os dados estão um pouco acima dos registrados pelo CCZ, mantido pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). No ano passado, foram 147 casos de pessoas feridas por escorpiões, contra 70 em 2016 – um aumento de 110%.

Em reportagem publicada pelo Campo Grande News, a médica veterinária Iara Helena Domingos, coordenadora do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), explicou que as altas temperaturas, presentes nesta época do ano, criam condições propícias para a proliferação de insetos e escorpiões, e que o controle de animais peçonhentos varia de acordo com o tipo de praga.

No entanto, há como prevenir:

Cuidados

- Manter terrenos baldios limpos
- Colocar barreiras de proteção nas soleiras das portas
- Nivelar pisos e paredes para eliminar frestas
- Manter as caixas de gordura e energia elétrica organizadas e em bom estado de manutenção
- Deixar lixeiras sempre tampadas e com sacos plásticos
- Procurar ir sempre calçado ao banheiro e tomar banho de chinelo
- Tampar ralos e pias após o uso
- Guardar calçados em local apropriado e olhar dentro deles sempre antes de calçá-los e;
- Não deixar as roupas de cama encostadas no chão ou nas paredes.

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