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Direto das Ruas

Moradores fazem abaixo-assinado contra algazarra na Chácara Cachoeira

Principal reclamação é contra a poluição sonora, com som alto madrugada a dentro

Giovana Martini | 05/11/2020 12:17



Alexei Rocha mora no Chácara Cachoeira, em Campo Grande, há 15 anos e sempre descreveu sua vizinhança como muito calma e de ótimo convívio. “Isso é, até uns três meses atrás, quando esses ditos empresários abriram essa boate a céu aberto, a 60 metros da minha residência, acabando com as noites de sono tranquila”, conta o morador.

A principal reclamação é contra a poluição sonora, com som alto madrugada a dentro, mas Alexei já presenciou outras ações decorrentes da presença da boate que considerou absurdas. “Já vi até gente urinando em vias pública, saindo da boate. Desde que abriram não é possível dormir de janela aberta e na manhã seguinte as ruas ficam cheias de garrafas de bebida pela pista.”

“A situação está insustentável”, conta Alexei. “Já colhi 30 assinaturas dentre os vizinhos prejudicados, a maioria idosos. Tenho um vizinho que mora a 20 metros do local, com certeza o maior prejudicado com a barulheira toda”.

Abaixo assinado organizado pelos moradores. (Foto: Direto das Ruas)
Abaixo assinado organizado pelos moradores. (Foto: Direto das Ruas)

Os moradores já acionaram as autoridades responsáveis, mas sem ações que de fato surtissem efeitos definitivos. “Os policiais ficam ali, por uns 20 minutos e depois vão embora, além da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) diz que não há nenhuma infração contra a lei do silêncio”.

De acordo com o morador, a boate já sofreu sanções de apreensão de aparelhos de som antes, mas segue em operação. “Eles tiveram o som apreendido numa quinta, sexta já tinha festa com o som nas alturas de novo”, conta Alexei.

“As pessoas chegam lá com carros de luxo, mas parece que não tem cacife pra fazer uma casa noturna melhor do que um estacionamento, tudo aberto, ninguém dorme até que boate decida parar”, reclama o morador indignado.

O dono do estabelecimento declarou ao Campo Grande News que tudo que acontece ali é algo comum de se acontecer em locais com comércio. “A primeira casa perto do estabelecimento fica a 400 metros, era uma rua morta e agora que abriu o bar tem movimento, o que incomoda alguns. A rua é uma via pública, só posso ter controle do que acontece dentro do meu bar. Estão fazendo todo esse fuzuê pra me prejudicar, eu emprego 16 funcionários, são 16 famílias sustentadas. Estamos tentando trabalhar e ficam querendo nos impedir”. O responsável pelo estabelecimento preferiu não se identificar.

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