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Direto das Ruas

"Por hoje, você sai viva": motociclista ameaça mulher no trânsito

"Ele não ia parar, ele queria me agredir", disse a vítima que só não foi atacada pois não saiu do veículo

Giovana Martini | 05/11/2020 13:53
Estado do carro da vítima após os golpes deferidos pelo agressor.(Foto: Direto das Ruas)
Estado do carro da vítima após os golpes deferidos pelo agressor.(Foto: Direto das Ruas)

Na noite de terça-feira (3), uma mulher passou por uma situação amedrontadora, em frente à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Universitário. Parada no sinal vermelho, ela ouviu um barulho vindo da traseira e, antes mesmo que pudesse abrir a porta para averiguar, um homem começou a desferir chutes e socos na lateral de seu carro, enquanto a insultava verbalmente.

“Ele falava, ‘eu vou te matar, você acabou com a minha moto’”, disse a vítima, que preferiu não se identificar por temer por sua vida. “Mas não houve colisão, ele freou e caiu no chão, mas por medo eu dizia que pagaria todo o prejuízo, se precisasse”.

“Apareceram alguns homens que tentavam segurar ele e me falavam: “moça não sai daí, fica dentro do carro”, conta ela. “Parecia que ele não ligava, ele não ia parar, ele queria me agredir”.

Em estado de choque, a confeiteira não conseguia reagir a situação. “Eu não sabia nem como chamar a polícia, nunca pensei que isso aconteceria comigo”.

“Algumas pessoas viram a situação e chamaram a polícia por mim. Teve um senhor que até tentou filmar, mas o cara (agressor) empurrou ele e apagou o vídeo do celular, antes de pegar a moto e fugir. Ele ainda virou pra mim e disse: ‘por hoje você sai viva’”.

Com a lateral do carro toda amassada, a leitora disse ainda que, após alguns minutos, duas mulheres apareceram, se identificando como esposa e cunhada do homem. “Elas falaram que ele estava nervoso, que não era pra ninguém chamar a polícia e que elas iriam arcar com o prejuízo. Uma delas, a esposa, até gritou com um senhor que estava me ajudando e acionou a polícia”. As mulheres, então, se foram antes que as viaturas chegassem.

Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Cepol), disse a confeiteira, o boletim de ocorrência foi efetuado, mas os próprios policiais informaram a vítima que o processo da denúncia seria muito difícil, pois não havia o CPF do agressor. “Eu tinha nome completo dele, da esposa, que ela me informou e também pesquisei algumas informações nas redes sociais com esses nomes”, disse a vítima.

“Consegui até a placa da moto, mas não dá para investigar fazer por conta de um CPF? Como eu ia conseguir o CPF dele com ele tentando me matar?”

De acordo com a denunciante, a delegacia também não realizou perícia no veículo para avaliar os estragos. “Não sei como vai ser daqui pra frente, se vai ter audiência, mas todos que me ajudaram lá na rua se ofereceram a testemunhar”, fala a vítima.

“Eu sei que se eu fosse um homem seria diferente, ele não teria feito nada disso, por medo. Mas, como eu era uma mulher, sozinha, ele sentiu que podia fazer isso comigo e é capaz que fique por isso mesmo, que não dê em nada”, desabafou a leitora, indignada.

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