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Economia

Capital termina semestre com a inflação mais baixa do ano, 0,38% em junho

Mariana Rodrigues | 07/07/2015 10:37
os produtos que mais encareceram, está a cebola (25,74%). (Foto: Marcelo Calazans)
os produtos que mais encareceram, está a cebola (25,74%). (Foto: Marcelo Calazans)

O mês de junho registrou inflação de 0,38%, em Campo Grande, menor índice do ano, segundos dados divulgados hoje (7) pela Anhanguera Uniderp. A queda no índice é uma tendência natural do segundo semestre, e a esperança do governo para que a inflação volte para dentro da meta. No acumulado de doze meses, a inflação da Capital soma 9,07%, o dobro da meta de 4,5% estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e acima do teto permitido, de 6,5%, considerando-se os dois pontos para mais ou para menos.

De acordo com o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), que é um indicador da evolução do custo de vida das famílias, a inflação de junho ficou bem abaixo de maio, onde o índice registrado foi de 0,61%, e superou o mês de junho do ano passado em 0,37%.

Segundo o coordenador do Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas), Celso Correia de Souza, os alimentos foram o que mais influenciaram o índice, com aumento de 1,06%, impactaram em 0,22% a inflação do mês.

"Apesar do aumento nos preços de produtos desse grupo, a inflação do mês passado recuou bastante em relação a maio, indicando que a pior fase já ficou para trás. Também vimos que há tendência de queda no índice desde janeiro. Portanto, a estimativa é que a inflação seja menor nos próximos meses".

Segundo dados divulgados mensalmente pelo Nepes, dentre os produtos que mais encareceram, estão a cebola (25,74%), chuchu (17,25%) e o pescado fresco (12,85%). Fortes quedas de preços ocorreram na manga (-11,08%), abobrinha (-11,02%) e abacaxi (-9,48%).

O pesquisador explica que os motivos do sobe desce de preços são em razão da influência de fatores climáticos e devido a entressafra. “Alguns produtos aumentam de preços ao término da safra, outros diminuem de preços quando entram na safra. Quando o clima é desfavorável há aumentos de preços, ocorrendo quedas quando o clima se torna favorável”, diz Correia.

Além dos itens da alimentação, o consumidor sente no bolso a alta nos itens relacionados a despesas pessoais (1%), habitação (0,25%), saúde (0,21%) e transportes (0,07%). Eles impactaram em 0,09%, 0,08%, 0,02% e 0,01% a inflação do mês de junho, respectivamente.

Já os vestuários (-0,36% ) e educação (-0,10%,), ajudaram a conter a inflação do mês de junho, pois devido ao impacto negativo, impactaram negativamente em -0,03% e -0,01%, respectivamente a inflação.

Inflação acumulada - Nos últimos 12 meses, a Capital se destaca com as maiores inflações em transportes (13,03%), habitação (10,82%), despesas pessoais (10,57%) e alimentação (10,45%). O grupo vestuário apresentou deflação acumulada de -0,20%.

Considerando os seis primeiros meses de 2015 a inflação acumulada já ultrapassou o teto da meta, chegando a 6,69%. Destacam-se com as maiores inflações acumuladas os grupos Habitação (10,11%), educação (7,71%) e transportes, (7,68%). O grupo vestuário fechou com deflação acumulada de -1,15%.

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