Construtora com empreendimentos em MS pede recuperação judicial
Com quatro empreendimentos em Mato Grosso do Sul, a construtora PDG entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira (22), depois de longos períodos de maus resultados. O pedido foi feito na comarca de São Paulo.
Segundo o economista Fernando Abrahão que também é especialista em recuperação judicial, o que agravou a situação econômica da empresa é que, além da queda nas vendas, cresceu o número de desistências do negócio depois da compra. "Com isso as empresas são obrigadas a assumir e acumular dívidas como a manutenção desses imóveis parados, como condominiais e IPTU, como foi o caso da PDG", explica.
Abrahão informa ainda que um pedido de recuperação judicial como esse, envolvendo uma das maiores empresas do setor, gera instabilidade e apreensão em nível nacional e regional. "E não só para investidores, mas fornecedores e mutuários também. Esse processo acende a luz amarela para o mercado local e regional, coloca o segmento em um espiral perigosa, causa instabilidade e preocupação, pois certamente irá repercutir sobre outras companhias que estão em situação financeira semelhante", avalia.
No caso da PDG, o endividamento total supera a R$ 7,8 bilhões. Recentemente a empresa já havia divulgado ao mercado que vinha tendo dificuldade na reestruturação de suas dívidas de curto e médio prazo, principalmente com os bancos e dificuldades na gestão de alguns empreendimentos imobiliários.
Os empreendimentos da PDG em Campo Grande são os seguintes: Terras do Golfe, Vilagi Parati, Residencial Ilha Serena e Residencial Bela Vista. Todos já foram construídos e entregues.