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Economia

Dólar vai a R$ 5,56 e bolsa sobe com expectativa sobre juros e "tarifaço"

Moeda americana caiu 0,38% e Ibovespa avançou 0,45%

Por Gustavo Bonotto | 29/07/2025 19:14
Dólar vai a R$ 5,56 e bolsa sobe com expectativa sobre juros e "tarifaço"
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (29) cotado a R$ 5,5689, com queda de 0,38%, enquanto o Ibovespa subiu 0,45% e fechou aos 132.726 pontos. O movimento no mercado financeiro foi impulsionado pela cautela em relação às decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos, além da proximidade do "tarifaço" anunciado por Donald Trump.

RESUMO

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Dólar fecha em queda e Ibovespa sobe com expectativa sobre juros. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,5689, com recuo de 0,38%, enquanto o principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,45%, fechando aos 132.726 pontos. A cautela do mercado se deve às decisões sobre juros no Brasil e nos EUA, esperadas para hoje, e à iminência do aumento de tarifas anunciado por Donald Trump. Investidores aguardam definições do Copom e do Federal Reserve sobre as taxas de juros. A expectativa é que a decisão influencie o fluxo de capital estrangeiro. Além disso, o mercado monitora as negociações comerciais entre EUA e China e o possível impacto das tarifas americanas sobre o Brasil. O governo brasileiro busca uma solução negociada, mas prepara um plano de contingência.

No acumulado do mês, o dólar registra alta de 2,49%, mas segue com queda de 9,88% no ano. Já o Ibovespa tem recuo mensal de 4,41%, mas acumula valorização de 10,34% em 2025.

A queda do dólar reflete a expectativa por definições na chamada “Superquarta”, marcada para amanhã (30), quando o Copom (Comitê de Política Monetária) e o Federal Reserve devem anunciar suas decisões sobre as taxas de juros. A possível manutenção ou corte nas taxas influencia diretamente a entrada e saída de capital estrangeiro.

Além disso, investidores monitoram o avanço das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Os dois países encerraram nesta terça-feira uma rodada de reuniões em Estocolmo, na Suécia, na tentativa de prorrogar a trégua tarifária, que vence em 12 de agosto. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, classificou as conversas como "construtivas", mas disse que a decisão final será tomada por Trump.

No caso brasileiro, o governo continua sem resposta da Casa Branca. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, afirmou que ainda há esforço para manter o diálogo por canais institucionais, mas adiantou que um plano de contingência já está em elaboração para minimizar os impactos das tarifas sobre setores como aço, alumínio e veículos elétricos.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que Alckmin manteve uma nova conversa com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Segundo o ministro, o Brasil busca uma solução negociada, mas não está condicionado ao prazo de 1º de agosto, quando a sobretaxa de até 50% deve entrar em vigor.

No mercado internacional, o cenário também foi influenciado pelo recente acordo entre os Estados Unidos e a União Europeia, que reduziu o senso de urgência em relação a um possível tratado entre o Mercosul e os norte-americanos. A medida enfraquece o poder de barganha do Brasil e eleva o clima de incerteza.

Na Europa, os principais índices acionários fecharam em alta. O DAX (Alemanha) subiu 1,18%, o CAC 40 (França) avançou 1,25% e o FTSE 100 (Reino Unido) teve alta de 0,59%. Na Ásia, os mercados encerraram o dia com resultados mistos, atentos às negociações entre Pequim e Washington.

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