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Economia

Economista aconselha a planejar finanças antes de escolher berçario

Mariana Rodrigues | 26/04/2015 10:18
Segundo o economista, não existe um valor específico para manter uma criança no berçário, mas os pais devem sempre verificar o orçamento. (Foto: Fernando Antunes)
Segundo o economista, não existe um valor específico para manter uma criança no berçário, mas os pais devem sempre verificar o orçamento. (Foto: Fernando Antunes)

Em Campo Grande, pais encontram uma grande variação de preço na hora de deixar os filhos em um berçário. Os gastos vão além da matrícula e mensalidade, pois há o uniforme, alimentação e em alguns casos o transporte. Para se adequar ao orçamento, é necessário fazer uma pesquisa entre as escolas da e organizar as finanças para desembolsar entre R$ 300 e R$ 600 por período.

Para o economista e consultor empresarial Tiago Queiroz de Oliveira, a oscilação de preço é grande e demonstra que é importante uma pesquisa antes de efetuar a matrícula para que a mensalidade se adeque ao orçamento. "É importante buscar sempre o melhor benefício, verificar as questões jurídicas e legais das escolas, se existe documentação aprovada perante os órgãos de fiscalização. Visitar a escola em horário de funcionamento e pesquisar com os pais as informações sobre os cuidados com as crianças", comentou.

Na Escola Sossego da Mamãe, localizada na Capital, para deixar uma criança em período integral custa R$ 890, esse valor já inclui alimentação. Já para ficar meio período, esse valor cai para R$ 570. De acordo com coordenadora da escola que funciona há 26 anos, Ana Paula Paniagua de Oliveira, o local não fecha nas férias e não emenda feriado, e a matrícula pode ser paga tanto no início quanto no final do ano.

A escola Manoel de Barros, atende crianças em meio período, e cobra o valor de R$ 599. "Geralmente atendemos prioritariamente crianças por meio período, mas em alguns casos, os pais precisam deixá-las por um tempo maior, então é estabelecido um preço de acordo com essa necessidade", destacou Mirian de Moura Barros, diretora. A escola oferece aos seus alunos musicalização, recreação com professor de educação física para crianças a partir dos 3 anos, além de aulas de inglês desde o berçário.

Na Escola Riscos e Rabiscos, segundo o sócio-proprietário Leonardo Gomes da Silva, a mensalidade para meio período fica em R$ 280, mas os pais precisam levar o lanche. No caso do período integral, os pais pagam R$ 560, e nesse valor já está incluso a alimentação . Outros gastos são com o uniforme que custa R$ 70 o conjunto. Na escola, os alunos contam com com ballet para as meninas e karatê para os meninos.

Segundo o gerente administrativo Alcione Francisco, do Colégio Tic Tac, para uma criança ficar no berçário por meio período, os pais terão que desembolsar R$ 379, já para o período integral esse valor dobra, chegando a R$ 758 mensais, e a matrícula, que deve ser paga no início do ano, custa R$ 280. Sobre a alimentação, o gerente administrativo disse que a escola oferece almoço para as crianças que ficam no período integral, porém o lanche fica por conta dos pais, tanto para as crianças que ficam meio período, quanto para as que ficam no período integral.

De acordo com o economista Tiago, não existe um valor específico para manter uma criança no berçário, mas os pais devem sempre verificar o orçamento e se lembrar das despesas extras. "O ideal é que a família verifique seu orçamento familiar e se adeque ao valor e opção que lhe dê condições também dos outros custeios da criança. Além da despesa com o berçário, existe o plano de saúde, o medicamento, fraldas, roupas e calçados. Alguns desses gastos não são mensuráveis, por isso há necessidade de uma reserva de pelo menos 20% da renda líquida para despesas extras, ainda mais por que algumas dessas despesas não podem esperar para quando o dinheiro sobrar".

Com o salário mínimo reajustado a R$ 788, Tiago diz que se as finanças forem organizadas, é possível que os pais disponham de uma parte da renda para deixar o filho em uma escolinha. Ele explica que reduzir os gastos supérfluos é uma grande iniciativa para proporcionar essa qualidade de vida para ambos, pais e filhos.

"Mesmo com todas as dificuldades de se manter com o salário mínimo, é possível negociar um desconto para quem possui o segundo filho na escola. Hoje com todos os aumentos proporcionados pela inflação a família tem que fazer 'mágica' para conseguir se manter no dia a dia. Uma opção é pesquisar locais nas proximidades do trabalho ou da residência, pois existe uma ampla oferta de opções para escolher. Só assuma a parcela que seja possível dentro do orçamento, pois assumir esse compromisso sem condições vai agravar condições financeiras", comentou.

Gleice Cristiane Rodrigues, 22 anos, assistente Administrativo, deixa o filho de três anos na escolinha, ela disse que o valor pago para deixar a criança em período integral é de R$ 300. "Tive que comprometer meu orçamento, pois os gastos com uma escola particular não envolve apenas o valor da mensalidade, tem o uniforme que é de uso obrigatório, a aquisição de material escolar, livros, agenda, entre outras coisas", disse.

Para não estourar o orçamento, Gleice teve que se programar para não estourar o orçamento no fim do mês. "Me policio para não gastar com coisas supérfluas, para não comprometer minha renda ao ponto de ter que usar o valor da prestação mensal, para pagar outras contas".

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