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Economia

Em tempo de crise, vereador quer barrar construções

Redação | 08/04/2009 12:57

Projeto de lei do vereador Marcelo Bluma (PV) pretende proibir a construção de prédios com mais de 4 andares em regiões residenciais.

"Basta olhar pela cidade para identificar o surgimento de edificações verticais, indistintamente por toda cidade, independente de serem centrais ou periféricos", justifica o vereador.

A proposta é considerada um "equívoco" pelo setor de construção civil, atividade apontada como alternativa mais efetiva de geração de empregos, como saída para momentos como o enfrentado atualmente, de crise financeira.

A principal construtora em atividade em Campo Grande, a Plaenge, avalia que vários são os equívocos na análise e nas justificativas apresentadas no projeto de lei para revisão da lei de uso e ocupação do solo na Capital.

Segundo o vereador, no ano passado houve alteração na lei de 1988, ampliando à locais residenciais a possibilidade de construções de grande porte. A revisão é contestada por Bluma que pede novo ajuste, delimitando o número de pavimentos autorizados em zonas residenciais.

Com projetos em diferentes bairros da cidade, a empresa contesta a informação de que houve alteração no com o mesmo critério desde 1988.

"Nossos empreendimentos e projetos obedecem, rigorosamente, à legislação e temos o orgulho de participar do crescimento e desenvolvimento de uma cidade que é considerada modelo de gestão e de planejamento urbano", argumenta a Plaenge.

Para Marcelo Bluma, "a construção indiscriminada dessas obras, provoca uma depreciação do seu entorno", o que para a construtora é, justamente, o inverso. Em locais de grandes empreendimentos residenciais, a lógica que se percebe, segundo a empresa, é a implantação de estrutura pública e comercial que beneficia toda a região.

O setor defende ampla discussão sobre o assunto, caso seja confirmada nova revisão na lei.

"Entendemos que o dinamismo da cidade e as novas necessidades da comunidade são motivos legítimos para revisão da Lei do Uso do Solo, porém consideramos que deve ser seguida por um processo amplo de discussão - e não pontual - seja do ponto de vista técnico, legal, bem como democrático abrangendo a sociedade como um todo", defende a construtora.

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