ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Economia

Em tempo de crise, vereador quer barrar construções

Redação | 08/04/2009 12:57

Projeto de lei do vereador Marcelo Bluma (PV) pretende proibir a construção de prédios com mais de 4 andares em regiões residenciais.

"Basta olhar pela cidade para identificar o surgimento de edificações verticais, indistintamente por toda cidade, independente de serem centrais ou periféricos", justifica o vereador.

A proposta é considerada um "equívoco" pelo setor de construção civil, atividade apontada como alternativa mais efetiva de geração de empregos, como saída para momentos como o enfrentado atualmente, de crise financeira.

A principal construtora em atividade em Campo Grande, a Plaenge, avalia que vários são os equívocos na análise e nas justificativas apresentadas no projeto de lei para revisão da lei de uso e ocupação do solo na Capital.

Segundo o vereador, no ano passado houve alteração na lei de 1988, ampliando à locais residenciais a possibilidade de construções de grande porte. A revisão é contestada por Bluma que pede novo ajuste, delimitando o número de pavimentos autorizados em zonas residenciais.

Com projetos em diferentes bairros da cidade, a empresa contesta a informação de que houve alteração no com o mesmo critério desde 1988.

"Nossos empreendimentos e projetos obedecem, rigorosamente, à legislação e temos o orgulho de participar do crescimento e desenvolvimento de uma cidade que é considerada modelo de gestão e de planejamento urbano", argumenta a Plaenge.

Para Marcelo Bluma, "a construção indiscriminada dessas obras, provoca uma depreciação do seu entorno", o que para a construtora é, justamente, o inverso. Em locais de grandes empreendimentos residenciais, a lógica que se percebe, segundo a empresa, é a implantação de estrutura pública e comercial que beneficia toda a região.

O setor defende ampla discussão sobre o assunto, caso seja confirmada nova revisão na lei.

"Entendemos que o dinamismo da cidade e as novas necessidades da comunidade são motivos legítimos para revisão da Lei do Uso do Solo, porém consideramos que deve ser seguida por um processo amplo de discussão - e não pontual - seja do ponto de vista técnico, legal, bem como democrático abrangendo a sociedade como um todo", defende a construtora.

Nos siga no Google Notícias