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Economia

Inflação do mês passado foi de 0,13% em Campo Grande, segundo o IPC

Marta Ferreira | 03/08/2011 09:25
 Inflação do mês passado foi de 0,13% em Campo Grande, segundo o IPC
Alta do preço dos combustíveis, após preços menores nos meses anteriores, contribuiu para aumentar índice em julho.

Julho teve inflação de 0,13% em Campo Grande, conforme o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado hoje. Após a deflação registrada em junho, no mês passado os reajustes nas passagens de ônibus interestaduais e nos combustíveis, forçaram a alta, que foi contrabalançada pela queda nos preços da alimentação e do vestuário.

Com esse resultado de julho, a inflação no ano em Campo Grande atinge 4,29%, e no acumulado dos últimos 12 meses, atingiu 7,45%. O percentual é superior à meta inflacionária do País, estabelecida em 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para baixo ou para cima, ou seja, limite de 6,5%.

Além do recuo dos preços da alimentação, o coordenador do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da universidade Anhanguera, responsável pela pesquisa, Celso Correia de Souza, aponta outro fator para a manutenção dos índices de inflação. “As medidas tomadas pelo governo central, aumentando o valor da taxa Selic estão produzindo os efeitos desejados”, avaliou.

Por grupos- Dos sete grupos que compõem o IPC/CG, destacaram-se com alta no mês de julho os grupos: Transportes 0,45%, Habitação 0,32%, Saúde 0,31%, Despesas Pessoais 0,02% e Educação 0%.

No grupo Transportes, os pesquisadores observaram uma alta moderada de 0,45% em decorrência da alta nos preços de passagens de ônibus interestaduais, de 10,28%, etanol 2,20%, e gasolina 0,41%. A única queda foi para o automóvel novo, de (-0,29%). Os demais itens desse grupo permaneceram estáveis.

O grupos Alimentação (-0,22%) e Vestuário (-0,12%) foram os que tiveram deflação, ou seja, queda nos preços.

Na alimentação, conforme o coordenador do Nepes, a sazonalidade teve influência nos resultados. “Esse grupo tem um comportamento especial devido a fatores climáticos ou a sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente, no setor de legumes e hortaliças. Alguns produtos aumentam de preços ao término da sua safra, outros diminuem de preços quando entram na safra. Assim, os produtos que mais pressionaram para cima a inflação do grupo

Alimentação foram: queijo-de-minas 13,07%, coco 9,49%, melancia 8,27%, salsicha 8,06% e manteiga 5,74%”, explicou o coordenador do Nepes. “Alguns produtos desse grupo tiveram queda significativa de preços, tais como: tomate (-16,89%), abacaxi (-13,88%), cenoura (-9,43%), manga (-9,19%) e sardinha em lata (-5,72%)”, completou.

Dois grupos apresentaram estabilidade no mês de julho, Educação e Despesas Pessoais com pequena inflação da ordem de 0,02%. “Verificamos neste grupo o aumento de preços em produtos como o fio dental 6,51%, papel higiênico 1,68%, sabonete 1,46% e absorvente higiênico 0,86%”. O grupo Saúde apresentou moderada inflação, de 0,31%, destacando o aumento nos preços de produtos e/ou serviços os itens: material para curativo 5,29%, anticoncepcional e hormônio 1,93%, antialérgico e broncodilatador 1,33%, hipotensor e hipocolesterínico 1,33%.

No acumulado do ano, a inflação mais alta é na Educação, de 9,82%, seguida de Vestuário (8,13%), Habitação (7,03%) e Saúde 6,53%, com índices acima da inflação acumulada do ano. O único grupo com inflação acumulada negativa é o grupo Alimentação, com -1,43%.

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