ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 28º

Economia

Inflação do mês passado foi de 0,13% em Campo Grande, segundo o IPC

Marta Ferreira | 03/08/2011 09:25
Alta do preço dos combustíveis, após preços menores nos meses anteriores, contribuiu para aumentar índice em julho.
Alta do preço dos combustíveis, após preços menores nos meses anteriores, contribuiu para aumentar índice em julho.

Julho teve inflação de 0,13% em Campo Grande, conforme o IPC (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado hoje. Após a deflação registrada em junho, no mês passado os reajustes nas passagens de ônibus interestaduais e nos combustíveis, forçaram a alta, que foi contrabalançada pela queda nos preços da alimentação e do vestuário.

Com esse resultado de julho, a inflação no ano em Campo Grande atinge 4,29%, e no acumulado dos últimos 12 meses, atingiu 7,45%. O percentual é superior à meta inflacionária do País, estabelecida em 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para baixo ou para cima, ou seja, limite de 6,5%.

Além do recuo dos preços da alimentação, o coordenador do Nepes (Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais) da universidade Anhanguera, responsável pela pesquisa, Celso Correia de Souza, aponta outro fator para a manutenção dos índices de inflação. “As medidas tomadas pelo governo central, aumentando o valor da taxa Selic estão produzindo os efeitos desejados”, avaliou.

Por grupos- Dos sete grupos que compõem o IPC/CG, destacaram-se com alta no mês de julho os grupos: Transportes 0,45%, Habitação 0,32%, Saúde 0,31%, Despesas Pessoais 0,02% e Educação 0%.

No grupo Transportes, os pesquisadores observaram uma alta moderada de 0,45% em decorrência da alta nos preços de passagens de ônibus interestaduais, de 10,28%, etanol 2,20%, e gasolina 0,41%. A única queda foi para o automóvel novo, de (-0,29%). Os demais itens desse grupo permaneceram estáveis.

O grupos Alimentação (-0,22%) e Vestuário (-0,12%) foram os que tiveram deflação, ou seja, queda nos preços.

Na alimentação, conforme o coordenador do Nepes, a sazonalidade teve influência nos resultados. “Esse grupo tem um comportamento especial devido a fatores climáticos ou a sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente, no setor de legumes e hortaliças. Alguns produtos aumentam de preços ao término da sua safra, outros diminuem de preços quando entram na safra. Assim, os produtos que mais pressionaram para cima a inflação do grupo

Alimentação foram: queijo-de-minas 13,07%, coco 9,49%, melancia 8,27%, salsicha 8,06% e manteiga 5,74%”, explicou o coordenador do Nepes. “Alguns produtos desse grupo tiveram queda significativa de preços, tais como: tomate (-16,89%), abacaxi (-13,88%), cenoura (-9,43%), manga (-9,19%) e sardinha em lata (-5,72%)”, completou.

Dois grupos apresentaram estabilidade no mês de julho, Educação e Despesas Pessoais com pequena inflação da ordem de 0,02%. “Verificamos neste grupo o aumento de preços em produtos como o fio dental 6,51%, papel higiênico 1,68%, sabonete 1,46% e absorvente higiênico 0,86%”. O grupo Saúde apresentou moderada inflação, de 0,31%, destacando o aumento nos preços de produtos e/ou serviços os itens: material para curativo 5,29%, anticoncepcional e hormônio 1,93%, antialérgico e broncodilatador 1,33%, hipotensor e hipocolesterínico 1,33%.

No acumulado do ano, a inflação mais alta é na Educação, de 9,82%, seguida de Vestuário (8,13%), Habitação (7,03%) e Saúde 6,53%, com índices acima da inflação acumulada do ano. O único grupo com inflação acumulada negativa é o grupo Alimentação, com -1,43%.

Nos siga no Google Notícias