Linhas de créditos mais exigentes fazem venda de motocicletas cair
A compra de motocicletas tem diminuído mês a mês. Conforme dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), em fevereiro o número de emplacamentos em Mato Grosso do Sul teve queda 5,54%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Funcionários do setor, afirmam que o problema está no crédito mais restrito.
Para Rafael Gonçalves, gerente da Dismotos Motos, a procura pela motocicleta não diminuiu, os bancos é que estão mais exigentes em relação às linhas de crédito. Para conseguir vender, ele explica que a loja usa a linha de crédito do Banco Yamaha, que é menos burocrática que as demais.
“Tivemos uma queda de 20% da BV Financeira e da Panamericano na liberação de crédito, enquanto que na Yamaha, as vendas subiram 15%”, relata. Ele acredita que as vendas tendem a melhorar no decorrer deste ano.
O assistente de pedreiro Thiago Silva vendeu a moto há pouco tempo para quitar contas que estavam atrasada devido a falta de trabalho. Casado e pai de três filhos, ele afirma que foi o melhor a fazer porque tinha sofrido um acidente recentemente.
“Usava a moto só para trabalhar, mas como estou parado e as contas estão chegando resolvi vender para um colega da igreja. Minha esposa vivia pedindo para eu de bicicleta porque já tinha me acidentado duas vezes, então achamos melhor”, conta.
Já o professor Ricardo Almeida vendeu o carro para comprar sua moto. Mais econômica, ele não se arrepende da troca feita há cerca de seis meses.
“O custo de gasolina é infinitamente menor, sem contar a manutenção e outros gastos que envolvem ter um automóvel. Claro que há a questão dos acidentes, mas da minha parte ando sempre devagar e atento aos demais motoristas”.