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Economia

Mesmo com FGTS, parte dos 779 mil endividados de MS ficará no vermelho

Os R$ 500 (máximo que trabalhador poderá sacar) do fundo não serão suficientes para quitar as dívidas de boa parte dos endividados

Anahi Zurutuza | 25/07/2019 13:58
Fila de consumidores em edição da campanha Nome Limpo da ACICG (Foto: ACICG/Divulgação)
Fila de consumidores em edição da campanha Nome Limpo da ACICG (Foto: ACICG/Divulgação)

Com o anúncio de que o governo vai autorizar o saque do dinheiro guardado no FGTS (Fundo de Garantia sobre o Tempo de Serviço), muita gente pensou em limpar o nome. Mas, os R$ 500 (máximo que cada trabalhador poderá sacar) não serão suficientes para quitar as dívidas de boa parte dos endividados.

Segundo a Serasa Experian, que cadastra consumidores inadimplentes, em maio, o valor médio da dívida do brasileiro era de R$ 3.886,00 e no Estado, 779 mil estão endividados. No caso dos trabalhadores que conseguirem sacar teto autorizado pelo governo e tem débitos próximo do valor calculado pela Serasa, apenas 12% do valor devido poderá ser amortizado.

O SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) calcula o valor médio em R$ 3.252,70, mas informa que um percentual relevante, de 37,4%, deve até R$ 500 no País. Ou seja, quase 40% dos brasileiros vão conseguir sair do vermelho se utilizarem o dinheiro extra para pagar dívidas. A organização não tem o dado regionalizado.

O presidente Jair Bolsonaro e integrantes da equipe econômica anunciaram na tarde dessa quarta-feira (24), durante solenidade em Brasília, a liberação “imediata” de R$ 30 bilhões para trabalhadores que tenham contas ativas e inativas do FGTS e recursos do PIS-Pasep. Os saques do dinheiro guardado do no fundo, começarão em setembro e serão limitados a R$ 500.

O Campo Grande News foi às ruas antes do anúncio oficial e descobriu que mesmo sem saber o quanto conseguirá tirar do FGTS, o trabalhador já faz planos e limpar o nome é um deles.

O economista Thales de Souza Campos fez alerta para quem está sonhando com a grana extra. O dinheiro do FGTS só será bem-vindo se for usado para “quitar dívida incontrolável” e evitar que o trabalhador se afunde mais na areia movediça dos juros ou para quem está no azul, mas pretende fazer aplicação mais rentável que a poupança. Saber negociar a amortização dos juros e multas por atrasos em pagamentos é importante.

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