MS mantém 4ª menor taxa de desocupação; Campo Grande é 6ª entre capitais
Estado tem o 8º maior rendimento médio por trabalhador do país com R$ 3.613,00
Mato Grosso do Sul permanece entre os estados com melhor desempenho no mercado de trabalho do país. De acordo com os dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgados nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o estado registrou, no primeiro trimestre de 2025, uma taxa de desocupação de 4,0%, a quarta menor entre as unidades da federação. Campo Grande também se destacou no cenário nacional, registrando taxa de 4,1% e ocupando a sexta posição entre as capitais brasileiras com os menores índices de desemprego.
RESUMO
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Mato Grosso do Sul mantém quarto menor índice de desemprego do país, com taxa de 4,0% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados do IBGE. O estado fica atrás apenas de Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso, enquanto a média nacional subiu para 7,0%. Campo Grande, com 4,1% de desocupação, ocupa a sexta posição entre as capitais com menor desemprego. Apesar da estabilidade no número de empregados, houve queda no nível de ocupação em relação ao mesmo período de 2024. A informalidade no estado também caiu para 30,5%, a quarta menor taxa do país. O rendimento médio em Mato Grosso do Sul foi de R$ 3.613, com diferenças salariais significativas entre homens e mulheres, brancos e pardos, e por nível de escolaridade.
Embora tenha ocorrido um leve aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2024, Mato Grosso do Sul manteve-se atrás apenas de Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) no ranking nacional. Em contrapartida, Pernambuco apresentou o maior índice do país, com 11,6%. A média nacional de desocupação foi de 7,0%, subindo em relação aos 6,2% do trimestre anterior, mas representando uma queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo período de 2023, quando o índice era de 7,9%.
No estado, a população em idade de trabalhar foi estimada em 2,28 milhões de pessoas no início de 2025, das quais 1,45 milhão estavam na força de trabalho. Desse total, 1,39 milhão estavam ocupadas e 58 mil desocupadas. O nível de ocupação, que mede a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa, foi de 60,9%, apresentando queda de 1,9 ponto percentual tanto em comparação ao trimestre anterior quanto ao mesmo período do ano passado.
Em Campo Grande, a taxa de desocupação aumentou 0,4 ponto percentual em relação ao quarto trimestre de 2024 e 0,3 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2024, passando a 4,1%. Com isso, a capital sul-mato-grossense caiu duas posições no ranking nacional, mas ainda figura entre as seis capitais com menor taxa de desemprego do país.
A pesquisa também apontou estabilidade no número de empregados em Mato Grosso do Sul no primeiro trimestre deste ano, com 1 milhão de trabalhadores ocupados, queda de 2,6% em relação ao trimestre anterior. Desses, 708 mil estavam no setor privado, 206 mil no setor público e 92 mil eram trabalhadores domésticos. O número de empregados no setor privado sem carteira assinada foi de 148 mil, considerado estável frente ao trimestre anterior. Entre os com carteira assinada, também houve estabilidade. No setor público, as variações também foram consideradas estáveis tanto entre trabalhadores com carteira quanto entre os militares e estatutários. A mesma tendência foi observada entre os trabalhadores domésticos, tanto com quanto sem carteira assinada.
A pesquisa mostrou ainda que os trabalhadores familiares auxiliares, grupo de cerca de 11 mil pessoas, apresentaram queda significativa em relação ao primeiro trimestre de 2024, com redução de 38,6%. Quanto aos ocupados por conta própria e empregadores, a estabilidade se manteve. Havia 295 mil trabalhadores por conta própria e 76 mil empregadores no estado. A presença de formalização variou: apenas 36% dos trabalhadores por conta própria tinham CNPJ, enquanto 85,5% dos empregadores atuavam com registro formal.
Outro dado importante revelado pela pesquisa foi a taxa de informalidade, que caiu para 30,5% no primeiro trimestre de 2025, colocando Mato Grosso do Sul na 4ª posição entre os estados com menor informalidade. À frente do estado ficaram apenas Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (29,3%). A taxa nacional foi de 38%. Campo Grande apresentou uma taxa de informalidade ainda menor: 26,9%, a quarta mais baixa entre as capitais brasileiras. No total, o estado tinha 423 mil pessoas em situação de informalidade, grupo que inclui trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e autônomos sem CNPJ, além de trabalhadores familiares auxiliares.
No que se refere aos rendimentos, o valor médio habitual real de todos os trabalhos no estado foi de R$ 3.613,00 no primeiro trimestre, considerado estável em relação tanto ao trimestre anterior (R$ 3.567,00) quanto ao mesmo período de 2024 (R$ 3.457,00). Já o rendimento médio real mensal do trabalho principal foi de R$ 3.521,00. Com esse resultado, Mato Grosso do Sul tem o 8º maior rendimento médio do país. O Distrito Federal lidera com R$ 5.381,00, seguido por São Paulo (R$ 3.974,00). O Maranhão aparece na última posição, com R$ 2.039,00.
As diferenças salariais por sexo e raça continuam sendo um ponto de desigualdade. Enquanto os homens sul-mato-grossenses recebem, em média, R$ 3.988,00, as mulheres recebem R$ 3.106,00, uma diferença de 22,1%. Em relação à cor ou raça, pessoas brancas têm rendimento médio de R$ 4.503,00, enquanto pessoas pardas recebem R$ 3.050,00, uma diferença de 32,2%.
A escolaridade também tem impacto significativo nos rendimentos. Pessoas com ensino médio completo ganham, em média, R$ 2.805,00. Já aquelas com ensino superior completo recebem R$ 6.233,00, ou seja, 122,2% a mais.
A pesquisa também traz dados por setor de atividade. As áreas com maior rendimento médio foram as de informação, comunicação, finanças e atividades profissionais, com R$ 5.012,00, seguidas por administração pública, saúde e educação, com R$ 4.864,00. No outro extremo, os serviços domésticos apresentaram os menores rendimentos, com média de R$ 1.394,00. Em termos de ocupação, os maiores salários foram observados entre diretores e gerentes (R$ 8.506,00), profissionais das ciências e intelectuais (R$ 6.490,00), e membros das forças armadas, policiais e bombeiros militares (R$ 7.225,00). Já as ocupações elementares registraram os menores rendimentos, com média de R$ 1.673,00.