MS precisa de R$ 4,5 bi para próxima safra
Pelo menos R$ 4,5 bilhões deverão ser investidos na próxima safra de Mato Grosso do Sul. A informação é do vice-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), Eduardo Riedel, que hoje participou da entrega ao PAP 2009/2010 (Plano Agrícola e Pecuária) ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.
Riedel, juntamente com o presidente da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja de MS), Almir Dal Pasquale disseram que a solicitação dos produtores de todo o país é de R$ 120 bilhões para a próxima safra. Eles ainda solicitaram medidas contra o impacto da crise financeira no setor agropecuário.
Na safra atual, as culturas de soja, milho 1ª safra e 2ª safra, algodão e trigo demandaram investimentos da ordem de R$ 4,2 bilhões. Segundo Riedel, o ministro pareceu estar ciente dos problemas e se mostrou receptivo em relação à solicitação de crédito.
O Plano foi entregue pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), através da senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Entre as várias solicitações está a ampliação do volume de crédito oficial para a próxima safra, redução das taxas de juros dos financiamentos de 6,75% para 5%, criação do Fundo de Compensação de Riscos do Setor Agropecuário para minimizar os riscos de inadimplência das operações de crédito rural e facilitação do acesso ao crédito, além de medidas complementares para reduzir os efeitos da crise financeira mundial no setor agropecuário.
O limite de recursos para custeio da produção também deve ser ampliado aos produtores, com teto de R$ 900 mil para a agricultura e R$ 300 mil para a pecuária. Para as operações de investimento, CNA e OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) pediram a redução do spread bancário para até 3% nos programas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) elevação do prazo para pagar os financiamentos.
O seguro rural também deve contar com R$ 400 milhões de aporte para a subvenção, com ampliação do limite de 50% para 75% em culturas como algodão, milho, arroz e soja. O teto máximo subiria de R$ 32 mil para R$ 40 mil. Na cafeicultura, a subvenção atingiria um limite de 60%.