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Economia

MSGás começa a comprar tubos para gasoduto até fábrica de celulose

Empresa contratou estudos e agora lança edital para adquirir material para rede até Inocência

Por Maristela Brunetto | 30/06/2025 10:27
MSGás começa a comprar tubos para gasoduto até fábrica de celulose
Canteiro de obras da Arauco em abril, quando autoridades visitaram local: fábrica utilizará gás natural (Foto: Arquivo/ Marcos Maluf)

A MSGás publicou hoje edital para adquirir os tubos necessários para a instalação de um gasoduto para atender a fábrica da Arauco em Inocência. Serão 123 quilômetros de rede para destinar o gás que chega na rede que passa por Três Lagoas e garantir energia para operação da fábrica de celulose que está sendo construída, investimento estimado em R$ 160 milhões

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MSGás inicia processo para construção de gasoduto para fábrica da Arauco. A empresa lançou edital para compra de tubos de aço carbono, que serão utilizados na construção de 123 quilômetros de gasoduto até a fábrica de celulose em Inocência (MS). O investimento é estimado em R$ 160 milhões e o contrato de fornecimento de gás terá duração de 20 anos. O gasoduto transportará o gás natural que chega a Três Lagoas e será utilizado como fonte de energia para a operação da fábrica, além de abastecer veículos da empresa e postos de combustível da região. A fábrica da Arauco, com investimento de US$ 4,6 bilhões, está prevista para entrar em operação no final de 2027. A MSGás também busca expandir o mercado de gás natural no estado, visando atender outras empresas e ampliar a oferta de GNV em diferentes municípios.

Conforme a descrição, o material fornecido será tubo de aço carbono. As empresas fornecedoras poderão apresentar proposta de preço para o certame no dia 14 de julho. A MSGás informou que o contrato de fornecimento de gás será de 20 anos. Além de atender a fábrica com o gás como energia para operação, o produto também deve ser ofertado como combustível para veículos de grande porte, como caminhões, da própria empresa e também em posto de combustível na região.

A fábrica teve a pedra fundamental lançada em abril deste ano e deve estar pronta para ativação no último trimestre de 2027. Trata-se de investimento de US$ 4,6 bilhões, que ganha estrutura à margem da MS-377, a cerca de 50 quilômetros da cidade. É o maior investimento da empresa chilena ao longo de cerca de 50 anos de atuação.

A companhia de gás já contratou estudos para a realização da obra, como a avaliação de impacto arqueológico da obra, estimado em R$ 120 mil.

Ampliar mercado para a oferta de gás é um desafio que interessa ao Executivo Estadual, diante do recolhimento de tributos. A empresa, que tem capital público, fornece o gás natural boliviano, que chega pelo gasoduto da Gasbol, mas também o chamado GNV, atendendo consumidores empresariais, residenciais e postos de combustível para abastecer veículos. Ela conta com 520 quilômetros de rede e 24 mil clientes em Campo Grande e Três Lagoas.

Além de ampliar consumidores em prédios, a empresa quer criar um corredor de postos com oferta do GNV e oferecer os produtos em Dourados e Ribas do Rio Pardo, onde já atende a fábrica de celulose da Suzano. Também avalia os investimentos necessários para atender outra empresa que anunciou uma unidade, a Bracell, que vai construir sua fábrica em Bataguassu, já mais ao sul do que as demais do setor.

O gás natural boliviano é um produto que tem peso de destaque na balança comercial do Estado e na arrecadação, já que Mato Grosso do Sul fica com o ICMS cobrado ao ingressar no País. Este ano houve queda significativa na aquisição do produto, por questões de mercado e redução da oferta. A Bolívia prospecta outras localizadas para extrair gás com a escassez nas fontes que hoje abastecem o gasoduto brasileiro, como uma alternativa, o Brasil faz tratativas para adquirir gás argentino, também utilizando o ramal que atravessa o Estado.


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