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Economia

No Coophavilla, farmácias lotam com desconto em dia de ação nacional

No Centro, Autoescola também dá desconto de 30% nas aulas práticas, que é um serviço efetivamente prestado pela empresa

Danielle Valentim e Fernanda Palheta | 25/05/2019 10:56
No Coophavilla, farmácias lotam com desconto em dia de ação nacional
Neste ano são 42,87% de descontos referentes ao PIS, Cofins, ICMS e Imposto de Renda. (Foto: Henrique Kawaminami)

Duas farmácias do Bairro Coophavilla II aderiram ao Dia Sem Imposto neste sábado (25). Em uma delas, o movimento subiu 40% e as entregas estão partindo até para o Centro. 

Na fila, a aposentada Maria Auxiliadora Correias da Mota, de 56 anos, diz que faz uma peregrinação por descontos. Usando o boné do posto de combustível da Rua 26 de Agosto, a aposentada acordou às 4h e já foi para a fila garantir no abastecimento do carro.

Depois, partiu para a farmácia. “Vim comprar os medicamentos do marido para o tratamento da diabetes e hipertensão. Normalmente, pagamos R$ 230, mas hoje sairá por R$ 140. O Diovan HTC, por exemplo, é R$ 105 e hoje vamos pagar R$ 52. Deveriam acontecer mais campanhas como essa”, disse.

Já a aposentada Nilza Yeako Shirado Shiroma, de 61 anos, e a filha aproveitaram a campanha para comprar os medicamentos de toda a família. O marido, por exemplo, sofreu um aneurisma em setembro de 2018, e precisa de medicamentos constantes.

“O medicamento com maior desconto custava R$ 178 e hoje saiu por R$ 120. Resolvemos participar para economizar, mas defendemos que o remédio não deveria ter imposto, já que pagamos taxas em todas as outras coisas, como a comida, combustíveis e demais produtos”, disse.

No Coophavilla, farmácias lotam com desconto em dia de ação nacional
Lodomilson ressalta que aderir ao feirão é uma forma de protesto e de conscientizar a população, que é a que mais paga imposto. (Foto: Henrique Kawaminami)
No Coophavilla, farmácias lotam com desconto em dia de ação nacional
Na fila, a aposentada Maria Auxiliadora Correias da Mota, de 56 anos, contou a peregrinação por descontos. (Foto: Henrique Kawaminami)

O dono da farmácia, Lodomilson Alexandre, conta que a 5ª vez que o estabelecimento participa da campanha. Neste ano 42,87% de descontos referentes ao PIS, Cofins, ICMS e Imposto de Renda.

Ele ressalta que é uma forma de protesto e de conscientizar a população, que é a que mais paga imposto. Lodomilson explica que neste ano incluiu as fraldas infantis e geriátricas, mesmo se tratando de itens de cosméticos. “Nosso Estado é o mais difícil da federação para se trabalhar com cosméticos, já que o imposto sobre cosméticos gira em torno de 27%”, conta.

Além das fraldas, 500 genéricos estão com descontos e 300 marcas similares também estão com desconto. O empresário destaca que ainda não fez um balanço, mas o movimento aumentou 40%, inclusive com ligações. “Hoje estamos fazendo muitas entregas inclusive com destino ao Centro”, contou.

No Coophavilla, farmácias lotam com desconto em dia de ação nacional
Diretor da Primeira Opção, o empresário Paulo Silva participa do feirão pela quinta vez. (Foto: Henrique Kawaminami)
No Coophavilla, farmácias lotam com desconto em dia de ação nacional
Estudante Camila e a mãe Dália. (Foto: Henrique Kawaminami)

Autoescola Primeira Opção – Autoescola do Centro também aderiu à manifestação de hoje no comércio. O diretor Paulo Silva participa do feirão pela quinta vez. Ele concorda com o farmacêutico de aderir ao movimento é uma forma de conscientizar a população sobre o volume de impostos que são pagos.

“O brasileiro trabalha cinco meses só para pagar impostos. Vale lembrar que não é promoção são descontos. Aqui são 30% nas aulas práticas, que é um serviço efetivamente prestado pela autoescola. Os impostos serão cobrados normalmente de nós, mas não vamos repassar ao cliente. Vale a pena pagar a despesa para que as pessoas se conscientizem” disse.

A estudante Camila Mateus, de 24 anos, vai finalmente tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Acompanhada da mãe, a professora Dália Mateus, de 48 anos, também defende que as campanhas deveriam se repetir no decorrer do ano. “A gente paga muito imposto”, disse.“Queria ter tirado antes, mas com os descontos ficou mais acessível”, completou Camila.

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