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Economia

Número de campo-grandenses sem condições de pagar contas subiu 17%

Pesquisa mostra que mais que 42 mil consumidores tem contas atrasadas e não sabem como pagar

Rosana Siqueira | 10/12/2019 16:37
Promoções de novembro ajudaram a agravar situação dos consumidores (Kisie Ainoã)
Promoções de novembro ajudaram a agravar situação dos consumidores (Kisie Ainoã)

O aumento de gastos no final de ano ou mesmo o descontrole das finanças fez com que o número de campo-grandenses totalmente sem condições de pagar as contas crescesse 17,3% em novembro. Hoje este montante chega a 42.497 consumidores na Capital, diante de 36.210 de outubro.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento aponta que o percentual de famílias endividadas em Campo Grande também avançou no mês passado, chegando a 59,1% ante aos 58,6% do mês anterior, e acima do registrado em novembro do ano passado, quando se registrou 57,4%.

“A melhora da intenção de consumo, as expectativas de que a economia possa se recuperar e a segurança maior no emprego podem ter contribuído com esse indicativo”, afirma a economista do IPF MS, Daniela Dias. “Soma-se a isso a consolidação da Black Friday, cujo resultado apresentou melhoras na comparação com outras edições, equiparando-se, inclusive, a algumas das principais datas comemorativas”

Em números absolutos, são 183.520 famílias endividadas, sejam com cartões de crédito (69,4%), carnês de lojas (19,9%), financiamento de casa (17,6 %) e prestações de carro (16,4%).

Inadimplência - A economista do IPF MS, Daniela Dias, alerta para um aumento na inadimplência que chega a 13,7% na pesquisa. “Vale lembrar que endividamento não é negativo, mas inadimplência, sim. Apesar do percentual ser bem inferior, em relação ao ano passado, tivemos um crescimento de dois pontos percentuais na comparação a outubro deste ano. E isso é um sinal de que devemos manter a ideia de um consumo consciente, ainda mais quando se considera que estamos em um processo de recuperação da economia”, explica.

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