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Economia

Paraguai adere ao Pix e facilita vida de sul-mato-grossense ao cruzar fronteira

De acordo com o Banco Central, sistema já é aceito em países como Argentina, Chile, EUA, Portugal e França

Por Ângela Kempfer | 03/08/2025 09:53
Paraguai adere ao Pix e facilita vida de sul-mato-grossense ao cruzar fronteira
Consumidores com carrinhos em frente a um dos principais pontos de comércio do lado paraguaio. (Fto: Divulgação)

Quem atravessa a fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai em busca de eletrônicos, roupas ou cosméticos já pode pagar o Pix. O sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central do Brasil já é aceito em larga escala no comércio paraguaio. A adesão vem crescendo especialmente em áreas com grande fluxo de brasileiros, como Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero — esta última destino tradicional de compras dos sul-mato-grossenses.

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O sistema de pagamento instantâneo Pix, criado pelo Banco Central do Brasil, expandiu sua presença para o comércio paraguaio, especialmente em Ciudad del Este e Pedro Juan Caballero, destinos populares para compras de sul-mato-grossenses. A modalidade funciona por meio de empresas financeiras brasileiras que utilizam maquininhas com sistemas de conversão automática. O processo permite que consumidores brasileiros paguem em reais, enquanto lojistas recebem em moeda local. Embora o Pix não realize transferências internacionais diretas, o sistema já opera de forma similar em outros países como Argentina, Chile e Estados Unidos, através de estruturas eFX que gerenciam compensações entre diferentes moedas.

Em um dos principais comércios do outro lado da fronteira, a mensagem confirma o que o governo brasileiro tem comemorado: a expansão do Pix. Porém, o Shopping China esclarece que é "válido só para brasileiros"

Apesar de o Pix não permitir transferências internacionais diretas entre contas de diferentes países, empresas financeiras brasileiras especializadas viabilizam esse tipo de pagamento por meio de maquininhas conectadas a sistemas de conversão automática.

Nessas transações, o valor da compra em moeda local é convertido em tempo real para o real, com IOF e câmbio aplicados no momento do pagamento. O consumidor escaneia o QR Code gerado pela máquina e finaliza a transação via aplicativo bancário brasileiro, como faria em qualquer loja no Brasil.

No caso de pagamentos realizados no Paraguai, o lojista recebe em moeda local enquanto o cliente brasileiro paga em real. O crescimento desse serviço é viabilizado por estruturas chamadas eFX, que cuidam da compensação entre moedas e jurisdicações. Com isso, o Pix passa a ser utilizado como etapa doméstica da operação, mas com efeitos práticos além das fronteiras.

Segundo o Banco Central, o Pix já é usado com esse formato em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, Portugal e França. No entanto, a instituição ressalta que ainda não existe uma versão oficial internacional do sistema, o que depende de acordos complexos entre países. Um dos caminhos em estudo é a integração com a plataforma Nexus, desenvolvida por um consórcio internacional de bancos centrais para permitir transferências internacionais em tempo real.

O governo confirma também presença em locais específicos no Uruguai, além de Espanha e México, mas em escala bem menor.

Atualmente, o Pix é usado por cerca de 160 milhões de pessoas no Brasil e responde por quase metade das transações financeiras do país.