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Economia

Pintar a unha do pé e da mão pesa no bolso e chega a custar até R$ 52

Mariana Castelar | 12/04/2016 08:42
Para driblar crise, salões diferenciam os valores, conforme  dia da semana (Foto: Alan Nantes)
Para driblar crise, salões diferenciam os valores, conforme dia da semana (Foto: Alan Nantes)
Preço para pintar a unha no fim de semana pode variar R$21(Foto: Alan Nantes)
Preço para pintar a unha no fim de semana pode variar R$21(Foto: Alan Nantes)

Fazer as unhas em Campo Grande está mais caro e agora chega a custar mais de R$ 50. O serviço que é rotina para algumas mulheres foi reajustado neste mês devido a inflação e ao aumento de imposto de alguns produtos, como acetona e esmalte. Se fazer pé e mão em um sábado custava R$ 30 em média, agora as clientes podem desembolsar até R$ 52 pelo serviço.

Na Morena Mulher, marca de uma rede de salões de Campo Grande, o serviço está mais caro e custa R$ 42 para quem fizer as unhas entre quarta-feira e domingo, mas para não perder clientes eles optaram por oferecer uma promoção. "Nas segundas e terças cobramos R$ 28 pelo pé e mão", explica Daniele Calixto que diz ainda que o movimento tem continuado normal.

Os descontos são estratégias usadas pelos salões para não ter perdas no fluxo de clientes. A Charlotte Esmalteria, especializada no serviço, decidiu diminuir os preços e dar uma repaginada na loja. "Reduzimos o valor e agora cobramos R$ 2 a menos pelo serviço", explica o cabeleireiro Léo Pierre conta que ainda confessa que com a medida os atendimentos cresceram até 60% de março pra cá.

“Fazer a unha saiu de R$ 40 para R$ 38. Resolvemos arriscar em meio a crise e vem dando certo. Continuamos com um preço razoável sem alterar em nada nossa qualidade”, detalha o cabeleireiro.

Neide Garrido diz que ir ao salão não é apenas para ter uma aparência boa, e sim cuidar da saúde. (Foto: Alan Nantes)
Neide Garrido diz que ir ao salão não é apenas para ter uma aparência boa, e sim cuidar da saúde. (Foto: Alan Nantes)

Cobrando R$ 46 para fazer o pé e a mão de segunda a quarta, e R$ 52 de quinta a sábado, a Solle Bijoux tem hoje um dos maiores preços do mercado.  A proprietária do estabelecimento, Marisa Nacagawa Teixeira, justifica o aumento devido a alta do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os cosméticos, mas também afirma que o reajuste foi necessário por outros fatores.

“Aos fins de semanas chegamos a ter uma fila de espera de 25 pessoas, e isso não ocorre mais. Os clientes estão sem dinheiro, por isso precisamos investir ainda mais em um bom atendimento”, conta a proprietária que acredita que a qualidade seja  melhor forma de não perder clientes. “Tenho 35 funcionárias que são autônomas, então metade do serviço cobrado ficam com elas”.

A empresária e professora de dança, Neide Garrido, diz que os reajustes fazem parte da economia e que, em tempos de crise, é preciso é elencar as prioridades na hora de fazer as contas.

“Para mim, fazer a unha não é apenas questão de vaidade, e sim de saúde e higiene. Por achar essencial, contabilizo quanto ficará meu gasto no final do mês com o serviço, mas não deixo de fazer”.

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