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Economia

Queda nos juros aquece mercado imobiliário de Campo Grande

Setor acredita em recuperação das vendas de imóveis e prevê novos lançamentos para o próximo ano

Rosana Siqueira | 22/11/2019 09:20
Novos empreendimentos imobiliários surgem na Capital impulsionados pelo aquecimento do setor (Paulo Francis)
Novos empreendimentos imobiliários surgem na Capital impulsionados pelo aquecimento do setor (Paulo Francis)

Os bons ventos sopram sobre o mercado imobiliário de Campo Grande. Após amargar queda nas vendas e retração nos últimos anos, o segmento fecha o ano mais otimista e acreditando em melhora para 2020. Juros mais baixos, retomada de confiança na economia e possibilidade de novos lançamentos devem sustentar este cenário favorável trazendo ânimo ao setor.

De acordo com o presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) Eli Rodrigues, o segundo semestre é marcado por um aquecimento nas vendas, que neste ano porém está mais evidente. “Sempre dá uma aquecida no segundo semestre, mas este ano a expectativa foi superada, devido as medidas econômicas tomadas pelo Governo. Nós vimos as ações com bons olhos, e o mercado imobiliário está se formando, começando a aquecer”, destacou o dirigente.

Ele frisa que os investidores neste tipo de mercado já não tem mais dúvida ou medo da politica econômica então isso traz uma segurança pra quem quer investir. “O momento é excelente para comprar porque os imóveis estavam parados. Isso fez com que os preços tivessem reajustamento, um realinhamento e as pessoas podem comprar o imóvel pelo preço justo de mercado”, avaliou Rodrigues.

O otimismo é compartilhado pelo empresário Fernando Moya de Moraes, de uma imobiliária da Capital. Ele comemora a venda em tempo recorde de 328 lotes de um empreendimento na Avenida dos Cafezais. O loteamento lançado no dia 15 de novembro teve suas cotas vendidas em apenas seis dias. “Isso mostra que a Capital está muito propícia a lançamentos e novos empreendimentos”, opina. O empresário diz que a construção civil puxa o mercado imobiliário das construtoras que vão lançar no início do ano novos loteamentos.

Oferta de lotes em empreendimento atraiu grande público e lotes foram vendidos em apenas 6 dias
Oferta de lotes em empreendimento atraiu grande público e lotes foram vendidos em apenas 6 dias

Taxas de juros - O corte de 0,5 ponto percentual, deixando a Taxa Selic em 5% ao ano, provocando uma mínima histórica e o anúncio de bancos públicos e privados para redução das taxas de financiamento estão aquecendo o mercado de crédito imobiliário. Especialistas em economia e investimentos avaliam que este é o melhor momento para quem pretende adquirir um imóvel para morar ou mesmo fazer investimentos para compra e locação.

A Taxa Selic é usada como referência para as outras taxas de juros no mercado. O corte do índice foi puxado também pela inflação que está em queda. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que considera a inflação no país, no acumulado em 12 meses, recuou para 2,54%, ficando ainda no piso da meta do governo para o ano (2,75%).

“Estamos vendo um excelente momento aonde a Caixa, que é o maior agente financiador de imóveis, baixou as taxas”, afirmou. Ele explica que quando a Caixa reduz os juros, os outros bancos também baixam as taxas ajudando o cliente que tem condições de comprar imóvel com melhores condições que as praticadas há 3 ou 4 meses. “Isso faz com que ele possa realmente comprar e ter condições de pagar a sua prestação”, afirmou o presidente do CRECI/MS.

O empresário Fernando Moya também concorda que o decréscimo nos juros ajudou a ampliar as vendas. “Com a queda na Selic os bancos vão reduzir o percentual em relação aos juros de financiamento imobiliário. Isso traz vantagens tanto para o mutuário, quanto para várias incorporadoras que vão empreender no próximo ano”, destacou.

Para o diretor da Plaenge Campo Grande, Édison Holzmann, o momento é bastante positivo, por conta de todos os indicadores de mercado e espera por um aquecimento no setor.

“Estruturalmente, o país está caminhando para uma estabilidade, o que permite investimentos a longo prazo. A queda dos juros é um fator fundamental para que isso aconteça. Com isso, há um aumento natural da procura pelos consumidores e também nas vendas do segmento.
Consequentemente, isso provoca um aumento nos investimentos na construção civil, geração de empregos e na economia. Por isso, nós usamos nosso setor de inteligência de mercado para colocar os produtos certos, no momento certo, e claro, produtos que possam trazer valorização e liquidez para quem comprar, dimensionando bem esse crescimento porque é um mercado que exige bastante”, finaliza Holzmann.

Perspectivas para 2020 - Para 2020 as perspectivas continuam positivas no setor. “Estamos em um momento de ascensão do mercado imobiliário, com movimentação de toda a cadeia produtiva. Isso beneficia tanto os corretores quanto aqueles que querem comprar o tão sonhado imóvel”, avalia Gonçalves.

O volume de lançamentos para o próximo ano também deve ter recuperação. “Neste momento temos um bom estoque de imóveis com ofertas para compra e venda. Vamos terminar este ano e começar 2020 com grandes lançamentos. Isso faz com que mercado tenha um novo impulso e também mostra aos compradores maior segurança para investimentos”, finaliza.

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