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Economia

Suspensão de Ades contaminado causa polêmica em Campo Grande

Nícholas Vasconcelos e Mariana Lopes | 25/03/2013 16:08
Apesar de venda de 10 fábricas estar liberada, consumidor segue receoso com bebida. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Apesar de venda de 10 fábricas estar liberada, consumidor segue receoso com bebida. (Foto: Vanderlei Aparecido)

Apesar da venda estar liberada para os produtos que saem de 10 fábricas, o consumidor de Campo Grande está com medo de acabar comprando a bebida de soja Ades contaminada.

Na semana passada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a fabricação, distribuição e venda do alimento produzido em uma linha de produção em Pouso Alegre (MG) depois que 14 pessoas sofreram queimaduras no aparelho digestivo ao consumir a bebida. Ao invés de suco de maçã, as caixas receberam uma solução de limpeza.

A engenheira Mônica Lopes, 42 anos, conta que fica com receio de comprar o suco contaminado. “Quem garante que foi só dessa vez?”, questiona.

No supermercado Veratti, no bairro Vilas Boas, os funcionários conferiram as caixas para saber se algumas delas tinha a inscrição AG, que identifica a linha de produção que foi interditada. Apesar de nenhum litro ter sido encontrado com problema, a proibição das vendas de Ades refletiu em outros produtos.

“Não tivemos prejuízo, mas teve queda de 20% nos sucos de todos os sabores”, afirma o gerente Gilmar Vilela.

Em outro estabelecimento, no supermercado Duarte do bairro Moreninhas, a decisão foi de retirar 70 caixas da bebida, para evitar possíveis problemas. “O fornecedor garantiu que vai trocar por outro lote ou devolver o dinheiro”, comentou o gerente Roberto Deley. Ele diz ainda que ninguém reclamou de qualquer problema com a bebida até o momento.

A Vigilância Sanitária de Campo Grande determinou que os comerciantes recolham o lote proibido. A Prefeitura alega que é impossível percorrer todos os estabelecimentos comerciais para fazer a retirada da bebida.

“Acho que tinha que retirar todo o produto das prateleiras”, diz desconfiada a dona de casa Maria Aparecida Ferreira, 53 anos. Ela conta que vai continuar “cismada” com a possível contaminação e que deve demorar a comprar Ades.

Subgerente do Supermercado Pires do bairro Mário Covas, Edmar Lima Dias, disse que o estabelecimento não teve o lote contaminado e por isso decidiu manter a bebida disponível. No entanto, ele prevê que as notícias negativas vão refletir na comercialização e por isso decidiu esperar para fazer novos pedidos. “Ainda não afetou a venda, mas acredito que vai ter uma queda”, revelou.

A Unilever Brasil, fabricante do Ades, disse que desde o dia 13 deste mês nenhum litro da bebida fabricado na unidade interditada foi distribuído ao mercado. O fabricante disse que identificou a falha na produção e já tomou as medidas necessárias para correção do problema.

Segundo a fabricante, com exceção do alimento fabricado em Pouso Alegre, todos os outros lotes estão em perfeitas condições para o consumo. A nota lembra ainda que o suco contaminado foi retirada do mercado.

Já a Anvisa lembra que apesar das medidas, a empresa é responsável pelos possíveis danos causados aos consumidores e que vai acompanhar o processo de recolhimento do lote contaminado.

Para troca ou reembolso do produto, é preciso entrar em contato com a Unilever pelo telefone 0800-707-0044, das 8h às 20h, pelo horário de Brasília.

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