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Economia

Trabalhadores dizem que aumento de R$ 112 no salário mínimo é pouco

Dieese aponta que necessário para cobrir todas as despesas de uma família seria R$ 5,9 mil

Adriel Mattos | 03/01/2022 11:11
Novo valor está valendo desde o dia 1º. (Fotos: Henrique Kawaminami)
Novo valor está valendo desde o dia 1º. (Fotos: Henrique Kawaminami)

Em vigor desde 1º de janeiro, o aumento de R$ 112 no salário mínimo, que passou a ser de R$ 1.212, foi considerado insuficiente por trabalhadores de Campo Grande. Para alguns, o valor mal cobre a compra de um botijão de gás de cozinha.

“É muito pouco. Não dá nem para comprar uma cesta básica”, resume o agente funerário Alex Ribeiro da Silva, de 25 anos. Chefe de uma família de quatro pessoas, ele avalia que o valor é insuficiente se houver mais pessoas.

“Não surte muito efeito para uma família de cinco pessoas, mas é um extra que deve ajudar”, diz.

Aline lembra que arroz e óleo de cozinha aumentaram bastante.
Aline lembra que arroz e óleo de cozinha aumentaram bastante.

Para a doméstica Aline da Conceição Sousa, de 32 anos, esses R$ 112 mal cobrem uma pequena compra no supermercado. “Não dá para trazer quase nada do mercado. O arroz e o óleo [de soja] estão muito caros. Vinte reais não dão um quilo de carne”, afirmou.

Ele ainda lembrou que janeiro é o início do prazo para pagar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). “Ainda tem [conta de] luz, IPVA e IPTU. Cento e doze reais não dão para muita coisa, é insuficiente”, conclui Aline.

O servente Vitor Monteiro, de 41 anos, também acha que o aumento foi pouco. “Ajuda mais ou menos. Não é suficiente, mas é melhor que nada. Acho que deveria ser R$ 1.400”, ponderou.

Entenda – O Congresso Nacional aprovou em dezembro o orçamento de 2022. A peça prevê aumento de R$ 110 no salário mínimo, que passaria a ser de R$ 1.210 a partir de 1º de janeiro.

Porém, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), assinou medida provisória acrescentando mais R$ 2.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário para atender as necessidades básicas de uma família brasileira de quatro pessoas subiu para R$ 5.969,17 em novembro, o maior valor da história.

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