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Jogo Aberto

No recado da urna, a diferença entre reality e realidade

Waldemar Gonçalves | 06/10/2016 06:00

Reality não é realidade – Não foi só Priscila Pires (PMDB) que se deu mal nas urnas este ano. Como lembra o colunista Maurício Stycer, do Uol, ‘reality’ não é realidade, ou seja, é preciso muito mais do que aparecer na TV para embrenhar-se na política, e todos os ex-quase-famosos de programas televisivos que disputaram as eleições de domingo fracassaram.

Só derrotas – Entre ex-BBBs e ex-A Fazenda, foram sete derrotados Brasil afora. Priscila recebeu 691 votos em sua tentativa de se tornar vereadora em Campo Grande. A eleita menos votada foi a enfermeira Cida Amaral (PTN), com 1.929.

Histórico – Mato Grosso do Sul já tem histórico de ex-BBB tentando virar político. Em 2014, Rafael Cordeiro, vencedor do programa dois anos antes, lançou-se deputado estadual. Obteve 13.726 votos e não foi eleito. Este ano, preferiu não tentar cargo público em sua cidade natal, Aral Moreira.

Confiança – É praticamente consenso na Câmara Municipal de Campo Grande que a relação dos vereadores com o Executivo será mais harmoniosa na próxima legislatura. Para o vereador Livio Viana de Oliveira, o Dr. Livio (PSDB), se sua correligionária Rose Modesto vencer será aspecto importante neste sentido. “Estamos confiantes na vitória no segundo turno”, afirmou o vereador reeleito, na sessão de terça-feira.

Hegemonia – Se for levar em conta a força das bancadas, não há dúvidas de que a vitória da candidata tucana traria uma relação mais amigável entre Câmara e Prefeitura. O PSDB foi o partido que saiu mais fortalecido das eleições de domingo, com sete cadeiras na casa de leis a partir de 2017.

Impossibilitado – Como estava preso, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PROS), perdeu o prazo para se defender em um dos processos a que responde. Neste caso, é a ação de improbidade por irregularidades no aterro de entulho, na Capital. A Justiça já havia comunicado que o prazo de manifestação estava esgotado.

Agora solto – Mas, como agora está em liberdade, Olarte, por meio de sua defesa, se manifestou à Justiça atribuindo a falta de manifestação à prisão, que durou 42 dias. O pedido é para que seja concedido novo período e, agora livre, ele possa responder e se justificar na ação.

Segundo turno na Assembleia – A disputa do segundo turno em Campo Grande chegou à Assembleia Legislativa, com confrontos entre apoiadores de Rose Modesto (PSDB) e Marquinhos Trad (PSD). A casa estadual de leis, que andou "tranquila" durante boa parte da campanha, tornou-se um dos focos da disputa.

CPI – Uma CPI pode ser criada em pleno segundo turno para investigar contratações de funcionários na Assembleia Legislativa. O assunto veio à tona depois que Athayde Nery (PPS), na disputa do primeiro turno, questionou o concorrente e deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) sobre o fato de ter conseguido cargo no parlamento anos antes.

Volta à casa – Com o fim das eleições no interior do Estado, os então candidatos a prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) e Renato Câmara (PMDB) estão em pleno trabalho na Assembleia. O tucano mais feliz, já que foi eleito prefeito de Três Lagoas. Já Câmara perdeu a disputa em Dourados e deve se concentrar no seu mandato legislativo.

(com Leonardo Rocha, Richelieu de Carlo e Mayara Bueno)

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