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"Querem cortar o Natal, justo na minha vez?", desabafa Adriane

Por Jhefferson Gamarra e Mylena Fraiha | 07/11/2025 06:00
"Querem cortar o Natal, justo na minha vez?", desabafa Adriane
Adriane Lopes no lançamento do Natal em 2024 (Foto: Arquivo)

Na minha vez? - A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), reagiu nesta quinta-feira (6) às críticas sobre a manutenção das festividades natalinas deste ano. Durante evento público, ela afirmou que a celebração, realizada há duas décadas no centro e nos altos da Avenida Afonso Pena, será mantida e financiada integralmente pela iniciativa privada. “Querem que corte o Natal, justo na minha vez?”, desabafou.

Cidade mais alegrinha - Para ela, as ações de lazer e celebração “são parte importante da vida comunitária e não concorrem com os investimentos sociais”. Adriane garantiu que o evento deste ano será “o melhor Natal do centro”, reforçando que a festa não trará custos aos cofres públicos por ser custeada por empresários parceiros. Segundo ela, “a cidade precisa de alegria e pertencimento tanto quanto precisa de obras e títulos de propriedade”.

Patricinha turbo - Depois de estacionar o caos em uma secretaria do governo, a nossa patricinha turbo agora resolveu acelerar no corredor da Assembleia Legislativa, direto no gabinete do papai. Chegou, não quis saber de fila, e já abriu o show: chilique, berros e ataque contra secretária do gabinete, como se a Assembleia fosse extensão do quarto dela. O atrito entre as duas não é estreia, mas desta vez teve plateia numerosa. E todo mundo percebeu: quando falta talento, o estrelismo vira só barulho… e vergonha institucional.

Ferrari estacionada – Mesmo com os buracos espalhados por Campo Grande, o presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara, vereador Flávio Cabo Almi (PSDB), saiu em defesa do secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli. Para ele, o titular da Sisep é “uma Ferrari estacionada”. “É um supersecretário, isso eu tenho que defender. O que está acontecendo com o secretário Miglioli é que ele não está tendo estrutura para trabalhar”, afirmou o vereador em coletiva.

Culpa de quem? – Ausente na reunião convocada por vereadores na quarta-feira (6), a secretária de Finanças, Márcia Hokama, acabou no centro das críticas. Flávio disse que os entraves na execução das obras estariam na pasta comandada por ela. “O problema está na Secretaria de Finanças, na pasta da Márcia Hokama. Ela precisa vir aqui para prestar esclarecimentos e dizer: ‘Nós vamos ter isso para trabalhar, está faltando isso’. A Márcia tem que vir para dar esclarecimentos, ela ou a prefeita [Adriane Lopes]”, cobrou o parlamentar.

Desencontro – A reunião entre o governador Eduardo Riedel (PP) e o líder da bancada federal de MS, deputado Dagoberto Nogueira (PSDB), não aconteceu na quarta-feira (5) por problemas de comunicação. O encontro seria em Brasília, mas, segundo Dagoberto, ele não foi avisado. “Eu acho que a secretária do Riedel não me avisou que ele estava indo para lá conversar comigo. Quando terminou a sessão, o presidente Hugo Motta avisou que quinta seria remota, então corremos para o aeroporto para ir embora.”

Emendas em pauta? – Dagoberto disse não saber o motivo exato da reunião solicitada pelo governador de MS, mas acredita que seria para tratar das emendas da bancada sul-mato-grossense. “Acho que talvez fosse para acabar de discutir as emendas de bancada ou alguma coisa política. Mas a secretária dele [Riedel] não entrou em contato, porque senão teria ficado. Eu até voltava com ele, porque ele está de avião.”

Disque-Golpe - A deputada estadual Prof.ª Gleice Jane (PT) quer colocar Mato Grosso do Sul na linha de frente do combate aos golpes digitais com a criação do “Disque-Golpe”, canal 24 horas para denúncias e orientações às vítimas de fraudes eletrônicas. O projeto de lei apresentado por ela prevê atendimento especializado e articulação entre segurança pública, Procon-MS e instituições financeiras, com direito a atuação judicial da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) em casos de fraudes sistêmicas.

Rotina - O pano de fundo é o aumento expressivo das fraudes digitais em Mato Grosso do Sul. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, os casos cresceram 45% em Campo Grande só em 2024. A deputada quer capitalizar a pauta de defesa do consumidor e do cidadão comum, num momento em que golpes bancários e falsos investimentos se tornaram rotina. O tom é de enfrentamento, mas também de empatia, uma combinação que, em tempos de descrédito político, pode render bons dividendos eleitorais.