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Arquitetura

Advogado demorou 15 anos para fazer da casa uma maravilha vintage

Anny Malagolini | 21/10/2013 06:19
Casa é um complexo de estilos. (Fotos: Cleber Gellio)
Casa é um complexo de estilos. (Fotos: Cleber Gellio)

Para ter a casa dos sonhos, o advogado Lamartine Ribeiro, de 41 anos, demorou 15 anos, entre ideias e objetos que encontrou pelo Brasil e pelo mundo. Mas o resultado é surpreendente, como um parque de diversões para quem gosta do que virou vintage.

Diferente das casas que hoje são rodeadas de vários aparatos para a segurança, com muros altos e cercas, ele fugiu do padrão “gaiola”. Praticamente demoliu o imóvel antigo e construiu outro. A casa é divida entre área social e privativa, onde ficam os dormitórios e banheiros. Cozinha, sala de jantar, de estar e hall de entrada se misturam em um ambiente único – como um loft - separado apenas pelos estilos.

Nada de móveis planejados e decoração moderna, os ambientes ganharam personalidade de acordo com a mania de colecionador. A residência é na verdade uma viagem no tempo, feita de curiosidades e mimos.

Quando ele quer algo, não sossega até encontrar. A menina dos olhos é uma cadeira de barbeiro, comprada por ele na rua Antônio Maria Coelho, por apenas R$ 700,00. Para conseguir a peça, Lamartine conta que rodou a cidade cortando o cabelo até encontrar a relíquia. “Estraguei muito meu cabelo até achar ela”.

Cadeira de barbeiro é um dos charmes da casa.
Cadeira de barbeiro é um dos charmes da casa.
Lamartine, o dono das ideias.
Lamartine, o dono das ideias.

Desde que se casou o advogado vem recolhendo móveis e materiais de construção, guardados em casas de amigos e galpões.

A porta principal, com 3 metros de altura, em madeira, veio de São Paulo, comprada por R$ 8 mil. Ali começou a casa, foi o ponto de partida para todo o resto.

A sapateira virou cristaleira, a geladeira e a escrivaninha são hoje armários de cozinha. Um secador de cabelos da década de 50 foi transformado em luminária, entre outras invenções do advogado. "Minha esposa me ajuda a criar, a ideia surge", explica.

A casa tem poucos eletrodomésticos novos, a maioria foi comprada em lojas de objetos usados. O acervo histórico que o advogado construiu hoje é moda e o “retrô” acaba saindo mais cara do que o moderninho.“A procura cresceu, é moda, então ficou mais caro”, comenta.

Até cadeira de cinema Lamartine encontrou, em madeira, que na casa serve apenas de enfeite, já que não tem o mínimo de conforto. “Não tem noção do valor real do produto”, aponta o advogado para um rádio, que custou R$ 250, 00 e na internet chega a valor 10 vezes maior.

Para continuar firme na arrumação da casa, ele estabeleceu, inclusive, estratégia para conseguir comprar os objetos por bom preço. “Entro na loja como quem não quer nada, disfarço, senão jogam o preço lá em cima”, revela.

A sala de jantar tem no piso de ladrilhos hidráulicos, que recriam uma cozinha mineira. A curiosidade é que um deles foi retirado da casa em quem Lamartine nasceu, no município de Aquidauana. Explicar tudo isso para os que visitam a casa do advogado pela primeira vez virou uma boa rotina. “Faz parte da curtição”.

Rádio antigo, uma das relíquias.
Rádio antigo, uma das relíquias.
A balança de farmácia tem espaço privilegiado. (Foto: Cleber Gellio)
A balança de farmácia tem espaço privilegiado. (Foto: Cleber Gellio)
A fachada sem todo o aparato conhecido como "padrão gaiola" (Foto: Cleber Gellio)
A fachada sem todo o aparato conhecido como "padrão gaiola" (Foto: Cleber Gellio)
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