ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Artes

Bailão com Delinha e nostalgia do Balão Mágico arrastaram 20 mil para a 14

Danielle Valentim | 29/11/2019 23:10
Público cantou todos em bailão a céu aberto de Delinha. (Foto: Marcos Maluf)
Público cantou todos em bailão a céu aberto de Delinha. (Foto: Marcos Maluf)

Com zero ocorrências policiais, a inauguração da Rua 14 de Julho levou, literalmente, famílias inteiras ao Centro de Campo Grande. O show de Delinha colocou todo mundo para dançar e o bailão que antecedeu a apresentação do Balão Mágico reuniu cerca de 20 mil pessoas, que se espalharam entre as Ruas 15 de Novembro e Dom Aquino, segundo apurado pela Guarda Municipal.

Uma multidão ocupou a frente do palco e mais parecia um dia de Carnaval. A diferença é que 50% do público era de criança. Pouco antes do início do evento, balanço feito pela Guarda Municipal a partir da mediação de um drone, cerca de 16 mil pessoas passavam pelo local. O ápice de cerca de 20 mil ocorreu perto das 20h30.

Delinha pouco antes de subir ao palco. (Foto: Marcos Maluf)
Delinha pouco antes de subir ao palco. (Foto: Marcos Maluf)

Delinha estava muito emocionada e se resumiu em parabenizar Campo Grande. O show muito esperado pelos presentes começou com a canção “Antigo Aposento”, que é composta pelo trecho “[...] A noite estava clara com o seu luar de prata. Fui fazer a serenata invés de cantar chorei [...]”.

Mas a emoção também estava na plateia. Com todas as letras na ponta da língua, a recepcionista Vanessa Nunes Ávalo, de 39 anos, foi especialmente para rever Delinha no palco. Criada em uma família de músicos, ela escuta a cantora desde pequena.

Vanessa cresceu ouvindo Delinha. (Foto: Marcos Maluf)
Vanessa cresceu ouvindo Delinha. (Foto: Marcos Maluf)
Juelson conheceu Delinha assim que chegou a MS. (Foto: Marcos Maluf)
Juelson conheceu Delinha assim que chegou a MS. (Foto: Marcos Maluf)

“Meu avô Urbano Lopes era músico. E Minha avó Domingas Lopes chegou a trabalhar com a Delinha. É uma família paraguaia e essas músicas correm em nossas veias”, garante.

Delinha é referência até para recém-chegados. O casal de mineiros Juelson Oliveira Gonçalves e Marta Silva, ambos com 29 anos, afirmam que o nome da cantora foi um dos primeiros nomes a ouvirem.

“Foi um dos primeiros nomes que ouvi, quando cheguei e claro, vamos aproveitar e assistir ao Balão Mágico”, afirma o servidor Público.

“Realmente é um nome consagrado no Estado”, completa a professora.

Luiz Fernando engrossou a soma dos fãs da “Dama do Rasqueado”. (Foto: Marcos Maluf)
Luiz Fernando engrossou a soma dos fãs da “Dama do Rasqueado”. (Foto: Marcos Maluf)

A criançada estava em peso e Luiz Fernando Rodrigues de Paiva, de 11 anos, engrossava a soma dos fãs da “Dama do Rasqueado”.

“Em casa se não é minha mãe é minha vó que coloca Delinha. Mas é claro que quero ver Balão Mágico”, garantiu.

Enquanto o show rolava, o baile rolava solto. Aos 81 anos, Madalena Santos Ribeiro e a filha Cristiana Germano dos Santos abriram a roda ao som de “Sol e a Lua”.

“Delinha é tudo de bom, é nosso tesouro”, afirmou Cristiana. “Dancei muitos bailes ao som de Delinha”, completou Madalena.

Destaque para Simony que estava plena no palco. (Foto: Marcos Maluf )
Destaque para Simony que estava plena no palco. (Foto: Marcos Maluf )

Às 21h30 ocorreu a passagem de som do grupo nacional, o que deixou a plateia um pouco ansiosa. O prefeito aproveitou o momento para pedir que o público à beira do palco se sentasse para garantir a visibilidade de todos.

Assim que as cortinas se abriram, o público curtiu a música "Depende de Nós" enquanto fotos com Fofão e toda a turma eram projetadas ao fundo do palco. Olhos brilhando da criança ao adulto, a abertura com “Amigos do Peito” foi arrepiante.

Lene chegou à 14 de Julho às 17h30 para garantir o show. (Foto: Marcos Maluf)
Lene chegou à 14 de Julho às 17h30 para garantir o show. (Foto: Marcos Maluf)

Para quem chegou às 17h30 ver o show rolar foi uma realização. Lene Magalhães, de 45 anos, levou dois netos, mas, na verdade, era quem mais queria ver a apresentação.

“É muita nostalgia. Acho que o evento foi bem família, mas pela multidão ficou difícil com criança”, garantiu.

Davi até treinou em casa. (Foto: Marcos Maluf)
Davi até treinou em casa. (Foto: Marcos Maluf)

Davi de 6 anos, ensaiou em casa, antes de seguir para o show ao lado da mãe Adriele Alves, de 25 anos. “Eu sei metade da música, mas também ouço Delinha”, garantiu.

“O repertório dele é bem adulto. Ele também ouve sertanejo com a gente porque não gosto de deixá-lo só no celular ouvindo qualquer coisa”, garante a mãe.

Ao Lado B, a galera foi unânime em dizer que “com certeza” a Rua 14 de Julho pode e deve se tornar ponto cultural de shows e atividades para os campo-grandenses. No entanto, não agradou a todos.

Família de Marlene estava dividida entre ver Delinha e Balão Mágico. (Foto: Marcos Maluf)
Família de Marlene estava dividida entre ver Delinha e Balão Mágico. (Foto: Marcos Maluf)

Uma das prejudicadas foi a família da professora Marlene Veiga Espósito, por exemplo, que teve dificuldades para ouvir parte do show. Ao lado do marido, filho e duas netas, a diretora da empresa Instituto Renascer de Consultoria, Treinamento e Coaching foi para prestigiar o show de Delinha e as netas para curtir Balão Mágico.

“Delinha é maravilhosa não dá para perder. Mas o som ficou muito baixo”, afirmou.

“Vim pelo Balão Mágico”, frisou Mariana, de 9 anos. “Eu também”, completou Vitória, de 15.

A família chegou às 19h30 e também aproveitaram a queima de fogos silenciosos, medida que protege crianças deficientes, idosos, enfermos e animais domésticos.

Teve até projeção em prédio. (Foto: Marcos Maluf)
Teve até projeção em prédio. (Foto: Marcos Maluf)
Nos siga no Google Notícias