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Artes

Lu Mori expõe pela primeira vez no MARCO "Diário de estudos botânicos"

Pintora, ilustradora e tatuadora inaugura a exposição amanhã, em vernissage gratuita no museu

Thaís Pimenta | 08/05/2018 14:49
Trabalho contou com estudos a partir da observação, depois desenhos teóricos e a releitura dos mesmos em formas mais abstratas, pintadas em madeira de reflorestamento. (Foto: Acervo Pessoal)
Trabalho contou com estudos a partir da observação, depois desenhos teóricos e a releitura dos mesmos em formas mais abstratas, pintadas em madeira de reflorestamento. (Foto: Acervo Pessoal)

Estreia no dia 9 de maio, às 19h30, com vernissage, a coleção da artista Lu Mori, "O Diário de Estudos Botânicos", que vem pela primeira vez para o Museu de Arte Contemporânea (MARCO), em Campo Grande. A exposição permanece aberta ao público até 27 de julho, com entrada gratuita.

De Florianópolis, a multiartista - tatuadora, ilustradora e pintora- desembarca em terras sul-mato-grossenses com uma mostra em que seu processo criativo reitera a pesquisa artística desenvolvida entre o realismo e a abstração de espécies botânicas. "As espécies ilustradas são escolhas passionais, encontradas no meu dia-a-dia, em passeios, em jardins, em frestas do calçamento, entre outros casos de serendipidade", explica ela, que teve sua formação completa em Londrina, morou por seis anos em Florianópolis e chegou pra ficar na Capital há dois meses.

Estudo foi a primeira fase do diário. (Foto: Acervo Pessoal)
Estudo foi a primeira fase do diário. (Foto: Acervo Pessoal)

No total foram produzidos 182 desenhos, um por dia, durante seis meses. Em par com os desenhos botânicos, as pinturas incorporam de forma abstrata conhecimentos de morfologia vegetal e representam, em simbolismo,alguns usos, costumes e aplicações das espécies identificadas no decorrer dessa pesquisa artística.

"São desenhos botânicos em papel. Cada desenho tem sua respectiva pinturas abstrata de tinta acrílica sobre madeira de reflorestamento. No papel está a primeira etapa do processo, mais metódica e realista. As pinturas são traduções abstratas com caráter subjetivo e possuem padrões gráficos que compõem uma linguagem particular para tratar da beleza efêmera", explica ela.

Quem observa atentamente pode perceber esses padrões em algumas pinturas. Nos detalhes estão ocultos códigos de significado representados por estes padrões, como por exemplo as "plantas encontradas em trilhas e passeios" - que são representadas pelas três linhas de tonalidade marrom, no canto superior esquerdo de algumas pinturas, ou então "plantas comestíveis" - representadas pela esfera laranja no canto inferior direito, entre outros padrões de forma e cor que têm outros significados particulares dentro dessa subjetiva ontologia visual.

Serviço - O MARCO fica na Rua Antônio Maria Coelho, 6000, no Parque das Nações Indígenas.

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A esquerda, o desenho a lápis em folha A4, a direita a releitura abstrata pintura em madeira de reflorestamento da mesma obra.. (Foto: Acervo Pessoal)
A esquerda, o desenho a lápis em folha A4, a direita a releitura abstrata pintura em madeira de reflorestamento da mesma obra.. (Foto: Acervo Pessoal)
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