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Comportamento

Aos 5 anos, Giovana é parceira dos pais no desenvolvimento de game educativo

Por conta do ambiente, ela tomou iniciativa de falar que ia criar seu próprio jogo, e criação se uniu ao que os pais idealizaram

Thaís Pimenta | 31/10/2018 08:09
César, Gioavana e Bianca no Living Lab, contando um pouco sobre o jogo que está em fase de desenvolvimento. (foto: Paulo Francis)
César, Gioavana e Bianca no Living Lab, contando um pouco sobre o jogo que está em fase de desenvolvimento. (foto: Paulo Francis)

Não é de hoje que os pais de Giovana Diacópulos Bassani, de 5 anos, se surpreendem com as atitudes ''a frente do tempo'' da garotinha, tanto é que ela sabe ler e escrever num nível além das crianças da mesma idade. E mais uma vez, de repente, a menina surpreendeu o pai programador César Francisco Bassani da Luz, de 42 anos, e a mãe pedagoga Bianca Diacópulos Nogueira, de 40 anos, quando soltou que iria criar o próprio game.

A pérola foi dita durante um desafio de criação de games educacionais no Living Lab do Sebrae, em que a filha estava presente porque costuma ir a quase todos os locais com os pais. A equipe, formada pelos três, discutia o que produziria, como seria feito o sistema e como a linguagem conversaria com as crianças. César e Bianca já sabiam que trabalhariam a alfabetização por meio das sílabas. 

Mas foi por conta da filha que o design do jogo foi sendo idealizado e novos elementos foram adicionados ao projeto. ''Ela nos dizia que gostaria de aprender por meio de nomes de animais, da fazendinha, da cidade, do mar, e fomos incluindo esses pedidos dela no projeto do jogo'', conta a mãe.

A mãe, Bianca, conta tudo sobre o game. (foto: Paulo Francis)
A mãe, Bianca, conta tudo sobre o game. (foto: Paulo Francis)

O projeto do jogo pensado em família ficou em terceiro lugar na oficina do Living Lab e foi idealizado durante uma semana.

Assim como os pais, Giovana tem vontade de ver os amiguinhos aprendendo a ler e a escrever com o joguinho criado por eles. O pai, emocionado, não pensava que poderia ser tão desafiador e, ao mesmo tempo, tão bacana, trabalhar com a melhor equipe ao seu lado. 

''A nossa intenção é que o jogo seja, antes de tudo, divertido. Temos um laboratório em casa, que é a Gi, e ela sempre teve algumas peculiaridades. Por exemplo, desde criança, ela está envolvida no mundo das letras e das palavras, sempre lemos muito pra ela, tanto é que no quarto dela tem quase 200 livretos, então ela sempre teve essa conexão com os fonemas e com o som das letras, por isso digo que nosso laboratório é em casa'', comentam os pais.

Outro desafio real será a linguagem em que o pai vai precisar programar, em Javascript. ''Quando falamos em programação não tem isso de aprender uma ferramente só e pronto, nós usamos a ferramente que vai solucionar o nosso problema em determinado projeto e, neste caso, como o jogo vai ser híbrido, ou seja, estar tanto na web quanto em aplicativo no Android e no iOS preciso usar o Java''.

Giovana faz pose para as câmeras. (foto: Paulo Francis)
Giovana faz pose para as câmeras. (foto: Paulo Francis)

Uma primeira versão do jogo deve estar disponível nos próximos dias na plataforma do Avisa Aí ma de acordo com a Bianca, o game deve estar finalizado em no máximo um ano.

Mas foi a mãe, Bianca, com base nos exemplos que tem dentro de casa e nas salas de aula, que sugeriu que o jogo trabalhasse a alfabetização por meio das sílabas. ''Nós vemos que existem jogo de alfabetização em letras, eu inclusive os uso nas aulas, mas com base em experiência própria vejo as crianças entendendo e aprendendo com mais facilidade pelas sílabas, pelo som da junção das letras, então tinha certeza que o jogo tomaria esse rumo''.

E para não confundir a mente dos pequenos, a família propôs colocar poucos animais na tela, no máxima três, distribuir as sílabas de todos na mesma tela para as crianças fazerem a ligação e colocarem em ordem de forma correta.

A cada nova combinação om próprio jogo avisa se está correto ou errado, para que tenha autonomia e a criança não precise perguntar para os pais se acertou o desafio. 

''Vamos dividir em níveis de dificuldade também, para promover a evolução além da escola'', finalizam os pais.

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