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Comportamento

Aos 96 anos, Luiz faz até greve de fome se for impedido de votar

“Para nós é uma honra, é algo que a gente faz questão", afirma esposa

Liana Feitosa e Karine Alencar | 30/10/2022 10:41
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Luiz Carlos Spengler com seu título de eleitor em mãos. (Foto: Kísie Ainoã)  
Luiz Carlos Spengler com seu título de eleitor em mãos. (Foto: Kísie Ainoã)

O produtor rural e piloto aposentado Luiz Carlos Spengler, de 96 anos, estava ansioso para participar do segundo turno das eleições de 2022, neste domingo (30). Fazendo questão de votar, ele foi levado pela filha, a artista plástica Gisele Spengler, e a esposa, Dalila Moreira Spengler, de 86 anos. No primeiro turno a família pediu para ele ficar em casa, mas a ideia não deu certo porque Luiz decidiu fazer greve de fome.

“Desde ontem (29) que ele não achava o título (de eleitor) e a identidade dele, estava pedindo para achar porque ele não queria faltar hoje. Estava muito ansioso, mas depois que ele vota, fica se sentindo leve porque fez a parte dele”, contou Dalila ao Campo Grande News ao lado do esposo, na escola Lúcia Martins Coelho.

“Para nós é uma honra, é algo que a gente faz questão, mesmo não sendo obrigatório. É um dever nosso ajudar nosso Brasil”, completa a idosa.

Dalila e o esposo, Luiz Carlos, na escola Lúcia Martins Coelho neste domingo. (Foto: Kísie Ainoã)
Dalila e o esposo, Luiz Carlos, na escola Lúcia Martins Coelho neste domingo. (Foto: Kísie Ainoã)

Luiz pensa o mesmo e garante: "venho com satisfação, nós precisamos mudar o país. Além de um direito, é uma obrigação", afirma.

A filha, Gisele, relata que, quando estava na ativa como piloto, chegou a acompanhar vários presidentes do País e que até hoje está sempre atento aos assuntos políticos, acompanha debates e discussões.

Segundo ela, no primeiro turno a família pediu ao pai que ficasse em casa e não fosse votar. Muito idoso e com dificuldade de locomoção, acharam prudente não levá-lo à seção eleitoral, já que também o voto não é obrigatório a partir dos 70 anos.

No entanto, o empenho de Luiz é tão grande que ele fez greve de fome por algumas horas para protestar contra a decisão da família. Diante da resistência dele, decidiram levá-lo para votar. Hoje, portanto, Luiz vai encerrar o dia com sentimento de missão cumprida.

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