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Comportamento

Após liberação de cães em hospitais, Maya e Guga estreiam na Santa Casa

Funcionários e pacientes receberam o carinho de cães na tarde de ontem (3).

Thailla Torres | 04/09/2019 06:29
Funcionários do hospital também ficaram felizes com a novidade. (Foto: Paulo Francis)
Funcionários do hospital também ficaram felizes com a novidade. (Foto: Paulo Francis)

Na tarde desta terça-feira (3), inspirador foi ver crianças, da ala pediátrica da Santa de Campo Grande, e funcionários entusiasmados com a visita de dois cachorros. A lei que autoriza entrada de animais em hospitais entrou em vigor no dia 30 de agosto e, hoje, os cães Maya e Guga estrearam no maior hospital do Estado levando alegria e humanização para quem se recupera.

A visitação faz parte de uma parceria da Comissão de Humanização do hospital com o Projeto Amar, que atua na cidade realizando um trabalho de aproximação entre pacientes e animais. Por enquanto, somente os cães do projeto serão permitidos dentro da unidade hospitalar, e as visitas acontecerão toda terça-feira.

Lucas Gabriel, de 2 anos, abraçou com carinho os dois cãezinhos. Internado desde o Dia dos Pais, após um atropelamento em Corumbá, distante 419 quilômetros da Capital, o dia de visita foi divertido. Fazendo “sim” a cabeça, ele diz que ficou feliz com a presença dos cães, e o pai também se emocionou. “Achei muito legal, nunca tinha visto cachorro dentro de hospital. Ele adora, o dele ficou lá em casa e está cheio de saudade”, conta o pai Douglas Matheus, de 25 anos.

Felicidade ao ver o cachorrinho. (Foto: Paulo Francis)
Felicidade ao ver o cachorrinho. (Foto: Paulo Francis)
Crianças se divertiram com a presença dos animais. (Foto: Paulo Francis)
Crianças se divertiram com a presença dos animais. (Foto: Paulo Francis)

Michelle da Costa de Almeida, de 24 anos, também aprovou a iniciativa, uma vez que a relação das crianças com os cães fazem toda diferença na infância, afirma. “As crianças adoram os bichinhos e essa relação traz carinho, faz eles se sentirem amados”, descreve a mãe que acompanha o filho Loryel na recuperação.

A visita atua na amenização do sofrimento, do estresse e proporciona efeitos terapêuticos, explica o zootecnista Diogo César Gomes da Silva e coordenador do projeto Amar. “Temos comprovações científicas suficientes que nosso trabalho quando feito com rigor e responsabilidade, é muito seguro para os pacientes”.

Maya está ao lado da nutricionista Caroline Hidelbrand nessa caminhada voluntária há 2 anos. “Ela sempre gostou muito da aproximação com pessoas, é carinhosa e fico feliz de ver tantas crianças sorrirem com sua presença", explica. 

Mas para entrar no hospital, não basta querer. Os cães do projeto precisam seguir regras para evitar danos à saúde do paciente e até mesmo do animal. Isso inclui laudos e até mesmo banho diário. “É preciso responsabilidade nesse tipo de atividade. Nós temos um cuidado no que tange o comportamento desses cães. Eles têm que apresentar um comportamento que permita esse toque e contato com as pessoas. Também é preciso um acompanhamento clínico rigoroso. Esses cães passam por toda uma rotina clínica para que possam estar aptos a fazer o trabalho”.

Maya e Guga estrearam na Santa Casa. (Foto: Paulo Francis)
Maya e Guga estrearam na Santa Casa. (Foto: Paulo Francis)

O hospital também ressalta que nem todos os pacientes vão poder receber as visitas, somente aqueles que não estão em situação de risco e podem se deslocar até a área reservada para visitação. “Antes de o projeto acontecer, é feito uma triagem para sabermos quais pacientes estão aptos ao contato com os animais”, explica a assistente social Alvina Gouveia.

Restrições - A Lei que autoriza entrada de animais de estimação entrou em vigor, mas ainda depende de cada estabelecimento estabelecer suas próprias diretrizes. A legislação também impôs algumas restrições, como o ingresso nos setores de quimioterapia, transplante, farmácia hospitalar e UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

O ingresso também está condicionado a um laudo veterinário atestando as boas condições de saúde do animal, equipamento de guia animal (coleira e, quando necessário, enforcador) e transporte em caixas específicas.

Os hospitais poderão celebrar convênios com profissionais habilitados, hospitais veterinários e ONGs.

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Maya faz parte do projeto voluntário há 2 anos. (Foto: Paulo Francis)
Maya faz parte do projeto voluntário há 2 anos. (Foto: Paulo Francis)
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