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Comportamento

Com projeto de turismo solidário no Peru, José busca amigos para dividir sonho

Viagem deve durar 15 dias e apresentar maravilhas peruanas que vão além de Machu Picchu.

Kimberly Teodoro | 27/04/2019 07:45
Peruano, José sonha com o dia em que seu país será conhecido por belezas que vão além de Machu Picchu. (Foto: Paulo Francis)
Peruano, José sonha com o dia em que seu país será conhecido por belezas que vão além de Machu Picchu. (Foto: Paulo Francis)

Quando o assunto é o Peru, imediatamente Machu Picchu vem à cabeça. Mas apesar da beleza de tirar o fôlego, José Wilson garante que a famosa “cidade perdida dos Incas” não é a única maravilha escondida no país vizinho. Pelo desejo de que mais pessoas saibam disso, o peruano resolveu abrir as portas de casa todos os sábados, das 9h às 16h, para conversar e mostrar um pouco da própria cultura aos vizinhos brasileiros.

Nascido em Tarapoto, região de San Martin, José mora em Campo Grande desde 2013, Veio para conhecer Nadir Prado de Andrade, de 60 anos, amor que encontrou na internet e com quem se casou no ano seguinte, depois de já estabelecido no Brasil.

Nadir e José se conheceram por um site de relacionamentos na internet e estão casados desde 2014. (Foto: Paulo Francis)
Nadir e José se conheceram por um site de relacionamentos na internet e estão casados desde 2014. (Foto: Paulo Francis)

Nadir é professora aposentada, mas na época ainda trabalhava no setor de pediatria do Hospital Universitário, onde era responsável por levar um pedacinho da escola até os leitos de crianças que, por condições de saúde, não podiam assistir às aulas. Foi justamente o trabalho que aproximou os dois, já que no Peru José tinha um projeto social em que fazia visitas ao setor pediátrico fantasiado de palhaço e ajudava a arrecadar alimentos para as mães que acompanhavam os filhos internados.

“Eu trabalhei quatro anos no hospital, é um trabalho diferenciado da escola porque você trabalha todo o conteúdo nos leitos. Dentro disso, acabamos fazendo bastante trabalho de assistência social, porque é um setor mais próximo das famílias. Então, eu tinha esse vínculo com o hospital e ele tinha esse trabalho da instituição dele que também era dentro do hospital. O assunto que começamos a conversar foi esse, porque eu entrei no perfil dele e vi que ele fazia trabalho voluntário”, conta Nadir.

Em Tarapoto, José fazia trabalho voluntário como palhaço terapeuta (Foto: Arquvio Pessoal)
Em Tarapoto, José fazia trabalho voluntário como palhaço terapeuta (Foto: Arquvio Pessoal)
Além de companhia para as crianças, José também arrecadava alimentos para as mães. (Foto: Arquivo Pessoal)
Além de companhia para as crianças, José também arrecadava alimentos para as mães. (Foto: Arquivo Pessoal)

Passado o tempo, o que José quer agora é encontrar parceiros aqui em Campo Grande para voltar a ajudar sua comunidade no Peru, fortalecendo o vínculo entre as duas culturas criando uma verdadeira relação de amizade e solidariedade internacional.

“Primeiro, gostaria de conseguir amizades que me ajudem a tornar realidade o projeto chamado Turismo Solidário, para unir dois países: Peru e Brasil, duas cidades: Campo Grande e Tarapoto e dois estados: Mato Grosso do Sul e San Martin. O objetivo é apresentar a cultura, os sabores, e a mostrar a realidade do país, que é muito diferente”.

Matéria de um jornal local em reconhecimento ao projeto de José (Foto: Arquivo pessoal)
Matéria de um jornal local em reconhecimento ao projeto de José (Foto: Arquivo pessoal)

Por isso, ele criou um roteiro para quem estiver interessado em entrar nessa jornada. A viagem deve durar 15 dias, saindo de Campo Grande com escala em São Paulo e chegada em Lima, Peru, e viagem até Tarapoto, coração da amazônia peruana. Lá, José garante 4 dias “de folga”, em que o grupo poderá explorar os pontos turísticos locais, em um pacote com destinos fora do convencional. “Não preciso vender Machu Picchu, ela se vende sozinha. Meu sonho é que as pessoas saibam que o Peru é muito mais rico que isso”.

José ainda não tem as datas da viagem definidas e o roteiro está sujeito a alteração. Para a reportagem ele também não revela valores. “Quem estiver interessado, eu deixo o convite para que venha até aqui e converse comigo pessoalmente para que eu possa apresentar o projeto”.

"Aji de galinha", em português "picante de galinha", prato peruano feito por José. (Foto: Arquivo pessoal)
"Aji de galinha", em português "picante de galinha", prato peruano feito por José. (Foto: Arquivo pessoal)
Aos sábados é possível degustar comida peruana das 9h às 16h na casa de José. (Foto: Arquivo Pessoal)
Aos sábados é possível degustar comida peruana das 9h às 16h na casa de José. (Foto: Arquivo Pessoal)

A proposta é que os voluntários se envolvam no processo de construção do projeto, contribuindo com ideias, principalmente, dando suporte e divulgando os “produtos” oferecidos para a arrecadação do dinheiro que tornará a execução possível. Até o momento, José confeccionou camisetas para venda, mas ainda espera encontrar outros dois itens para compor um kit, assim quem quiser apoiar o trabalho pode ajudar comprando uma das peças.

José afirma que o dinheiro será usado para comprar alimentos para as mães peruanas que estão acompanhando os filhos no hospital e itens básicos não fornecidos pelo governo. Além disso, parte da verba é destinada ao sorteio que deve ser realizado entre os apoiadores do grupo. Quem comprar a camiseta concorrerá a uma viagem com tudo pago para acompanhar o projeto junto com a pessoa que vendeu o item.

Além da idealização do Turismo Solidário Internacional, que levará um grupo de voluntários ao Peru, José e Nadir também resolveram abrir as portas de casa para os brasileiros que queriam saber mais sobre a cultura peruana. Até recentemente passado, a iniciativa chamada de “Casa da amizade familiar peruano-brasileira” recebia os interessados todo último domingo de cada mês, agora, passará a acontecer todos os sábados das 9h às 16h, para ampliar a divulgação da viagem.

Para mais informações, entre em contato com José pelo whatsapp: (67) 9 8100 9163.

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