Há 42 anos dona Elza não brinca em decorar a casa para o Natal
Imóvel virou parada obrigatória para quem ama o "universo" natalino no bairro Vila Santo Eugênio

Depois da tia Célia de Naviraí, veio aí a Dona Elza, de Campo Grande. Embora a decoração não seja comparável, na Rua Hilário da Rocha, no bairro Vila Santo Eugênio, o Papai Noel subindo o pinheiro gigante, renas de madeira e nariz de extrato de tomate encantam quem passa por lá. Há 42 anos Elza Albuquerque, de 67 anos, faz questão de enfeitar o jardim para a época mais importante do ano para ela.
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Há 42 anos, Elza Albuquerque, de 67 anos, mantém viva a tradição natalina em sua residência na Rua Hilário da Rocha, em Campo Grande. A decoração, que inclui um Papai Noel subindo um pinheiro gigante e renas de madeira com nariz feito de tampas de extrato de tomate, encanta moradores e visitantes. Natural de Goiás e moradora de Campo Grande desde 1979, Elza conta com a ajuda do marido Gilberto na confecção dos enfeites, priorizando a reciclagem e transformação de materiais existentes. A tradição começou quando seus filhos eram pequenos e se mantém até hoje, representando para ela o verdadeiro significado do Natal.
A alegria do Natal nas cores vermelho, verde e branco também está dentro da casa da aposentada. Ela conta que a tradição começou quando os filhos ainda eram pequenos. Desde aquela época, quando demorava para enfeitar tudo, os coleguinhas de escola deles cobravam sem dó: “cadê a decoração de Natal?”

“As crianças eram pequenas e ajudavam a montar. Elas curtiam muito. Somos goianos, estamos aqui desde 1979. Vimos essa cidade linda crescer. Viemos a trabalho, conheci ele aqui, mas ele é goiano também. A gente era muito jovem. Viemos em busca de um trabalho melhor. Mas eu tinha razão também pra vir porque minha irmã já estava aqui”.
Elza é casada com Gilberto Albuquerque há 45 anos. É ele quem cuida do gramado e deixa tudo do jeitinho que ela gosta. Ela explica que não compra muitas coisas para fazer a decoração, pelo contrário, utiliza e transforma o que já tem.
“Vou reciclando o que já tenho aí e recriando. Se tem uma árvore eu faço 4 no próximo ano. As renas são de madeira. O nariz das tampas de extrato de tomate e cola quente. Eu imagino e meu esposo faz. Ele é muito parceiro”.
Para a goiana é uma alegria ver as crianças gostarem da casa que ela tanto se dedica para fazer. Em 2024, o pinheiro que hoje o Papai Noel sobe virou a própria barba do bom velhinho.
“As pessoas não arrumam a casa em aniversário e por que não fazer isso no de Jesus? É uma data muito comercial e às vezes as pessoas esquecem o nascimento dele. O Natal é feito às vezes aqui, às vezes na sogra do meu filho. Amo quando é aqui”.
Há tantos anos na cidade, Elza ressalta que ama Campo Grande e que viu a cidade se transformar no que é hoje. Para ela o sentimento é de paz, principalmente por ter a casinha que sempre quis.
“A minha casa era pra ser no estilo sítio. Gosto de decoração que tenha a nossa personalidade, não adianta comprar móveis bonitos e chiques e a casa ficar parecendo uma loja. Gosto do toque, da história”.
Durante 42 anos, ela e o marido tiveram uma loja de roupas. Com o tempo e os filhos se formando, ela levou a loja para a própria casa. Hoje atende apenas os clientes antigos que não abrem mão de comprar com ela.
“A gente criou os meninos, formou eles e estávamos só nós e paramos. Aposentamos, mas a gente trabalha porque o valor da aposentadoria não dá conta. Ainda temos uma lojinha em casa. A pessoa vem e compra ou levamos. Isso pros clientes que temos 40 anos. A gente leva e vivemos assim”.
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