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Comportamento

Para conseguir patroas, diaristas de Campo Grande criam grupo no Facebook

Anny Malagolini | 16/06/2014 06:22
Renata limpa o computador, que virou novo instrumento de trabalho. (Foto: Marcelo Victor)
Renata limpa o computador, que virou novo instrumento de trabalho. (Foto: Marcelo Victor)

Aos 23 anos, Renata Cordeiro decidiu que seria empregada doméstica. Não foi por vontade,  mas era preciso conciliar a rotina com as tarefas de casa e a criação do filho. Então, para ganhar dinheiro sem se atrapalhar com as obrigações da família, ela que era vendedora trocou de profissão.

No início deste ano, ela foi em busca de casas e pessoas que quisessem seus serviços, mas por falta de experiência, não conseguiu nada.

Ao invés de desistir, Renata fez o que a manioria na geração dela costuma fazer, recorreu ao Facebook. A jovem criou um grupo na rede social chamado “Diarista Online”, para divulgar seu trabalho e, de quebra, conseguiu ajudar outras colegas de profissão. "Criei o grupo e fui divulgando em grupos de emprego. Todo dia tem alguém para fazer orçamento, o Facebook ajudou completamente”, conta. 

Para Renata, inserir a profissão na rede social mais popular do mundo, atualmente é uma forma também de mudar a visão das pessoas sobre o ofício. “Tem muito preconceito ainda, acham que não estudei e por isso estou limpando o chão”.

Aquela máxima de “Quem quer dá um jeito” valeu na vida da diarista, que havia criado o grupo apenas para anunciar seus serviços, mas agora também publica vagas.

Renata mora no bairro Guanandi e, por conta disso, só aceita fazer diárias em residências na região. Quando surge oportunidade que não se enquadra, ela logo posta no grupo a vaga para que outra colega se prontifique. Dia desses surgiu um pedido na região do shopping Bosque dos Ipês e em duas horas apareceu uma candidata disposta a fazer o serviço.

Uma diária da doméstica, custa a partir de R$ 80,00, mas no grupo, cada uma estipula seu valor.

Apesar de uma monte de patroas dizerem o contrário, a diarista Emilene Marques de Almeida, de 37 anos, garante que conseguir emprego na cidade não anda fácil e o Facebok passou a ser uma "mão na roda". “Depois da lei que tem que registrar, ninguém quer se comprometer, ter vínculos”, acredita. Há duas semanas, ela achou o grupo e resolveu participar. “Já consegui diárias”, comemora.

Renata agora comanda página de diaristas de Campo Grande.
Renata agora comanda página de diaristas de Campo Grande.
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