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Comportamento

Para construir escola na África, campo-grandense faz campanha pedindo cadernos

Ela foi uma das brasileiras selecionadas pela ONG Reviva, de São Paulo, para expedição em Moçambique

Eduardo Fregatto | 19/06/2017 06:15
Ilkêmia já conheceu vários países, como a Tailândia, mas sempre sonhou em ir para a África e fazer a diferença. (Foto: Acervo Pessoal)
Ilkêmia já conheceu vários países, como a Tailândia, mas sempre sonhou em ir para a África e fazer a diferença. (Foto: Acervo Pessoal)

Aos 33 anos, a contadora Ilkêmia Figueiredo decidiu repensar suas prioridades. Ao invés de aproveitar as férias do trabalho para viagens de lazer e diversão, ela vai usar o tempo ajudando. Em outubro, viaja para Moçambique, no continente africano, a fim de atuar como voluntária na construção de uma escola para uma comunidade carente da cidade de Nampula.

A viagem já está marcada e serão 15 dias no país, ao lado de outros 15 brasileiros escolhidos pela ONG paulistana Reviva. "Eu sempre tive a vontade de traballhar com alguma questão de voluntariado", diz Ilkêmia. "Se eu posso ajudar, não consigo ficar sem fazer nada. E lá é um país onde falta agua, falta comida. Na minha cabeça, não consigo entender como que criança ainda morre por fome ou falta de água", explica.

A ONG pretende construir uma escola, a "Green School Reviva", além de auxiliar em questões de saneamento básico, educação e saúde. Uma das atribuições de Ilkêmia, que está bancando a viagem por conta própria, é arrecadar 200 cadernos brochura, pequenos e de capa mole, uma condição para ela entrar no projeto. Ela poderia comprar material, mas a proposta do trabalho é mais complicada. "E eu não posso comprar. Precisam ser todos doados", ressalta.

A ideia da ONG é disseminar uma corrente de solidariedade, além de chamar mais atenção para a causa. Para conquistar o objetivo, Ilkêmia tem divulgado a campanha para parentes e amigos, especialmente pelas redes sociais, e já conseguiu 10 cadernos até agora.

A ONG Reviva, de São Paulo, vende itens como camisetas e utiliza a renda para causas humanitárias.
A ONG Reviva, de São Paulo, vende itens como camisetas e utiliza a renda para causas humanitárias.

Chamado - A campo-grandense conta que abriu os olhos para a importância de ajudar o próximo quando trabalhou em um sindicato de profissionais e limpeza de Mato Grosso do Sul. "Vi de perto a realidade de pessoas muito carentes e percebi a importância de fazermos o que está em nosso alcance", conta.

Um dos casos que tocou Ilkêmia recentemente foi a de uma criança africana, ajudada pela ONG, que desenvolveu uma enfermidade por conta de desnutrição e falta de água. Ano passado, após uma cirurgia, ela faleceu. "Com tanta tecnologia, tanta gente pra ajudar, e ainda tem criança morrendo, isso pra mim é inaceitavel. Se eu puder ajudar, eu vou ajudar", define.

Quem quiser contribuir para a campanha e doar cadernos brochura, pequenos e de capa mole, pode entrar em contato no telefone (67) 98126-9131.

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O objetivo é prover ajuda para comunidades carentes de países como Moçambique. (Foto: Gabriel Munhoz/ONG Reviva)
O objetivo é prover ajuda para comunidades carentes de países como Moçambique. (Foto: Gabriel Munhoz/ONG Reviva)
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