ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 27º

Comportamento

Sem medo de ser feliz ou vergonha, aos 39 anos Eva posa até no meio da Zahran

Thailla Torres | 29/09/2016 06:05
A Avenida Zahran foi cenário para as fotos mais chocantes, segundo a jornalista. (Foto: Lívio Bozzano)
A Avenida Zahran foi cenário para as fotos mais chocantes, segundo a jornalista. (Foto: Lívio Bozzano)

Aos 39 anos e com uma autoestima lá no alto, o que a jornalista Eva Regina Ferreira de Freitas não tem é vergonha de ser feliz. Ela diz que é apaixonada por fotografia e por isso encara com naturalidade os ensaios fotográficos em lugares nada convencionais.

Sem usar a natureza ou estúdio, cenário para Eva Regina é o trânsito e alguns pontos super movimentados de Campo Grande. A foto deitada no canteiro da Avenida Eduardo Elias Zahran, em horário de pico, ficou marcada para sempre na vida dela.

“A gente pegou um fim de tarde, naquele horário movimentado e o fotógrafo sugeriu fazer algo no meio da rua. Foi um dos ensaios bem chocantes e eu disse apenas: Vamos. Foi uma cena engraçada, aquele tumulto no trânsito, as pessoas olhavam curiosas e gritavam. Na hora, deu até um friozinho na barriga”, descreve.

Que tal na Feira Central? (Foto: Lívio Bozzano)
Que tal na Feira Central? (Foto: Lívio Bozzano)

A ideia das fotos surgiu no convite de um amigo. “Sempre gostei, quando era criança adorava sorrir na hora de tirar fotos. Um amigo que trabalha comigo é quem me convidou para fazer os ensaios, ele busca fugir do comum e sempre que tem uma ideia nova eu topo”, conta.

Eva Regina tem a coragem que muita gente não tem. Da Feira Central à Orla Ferroviária, não tem movimento que impeça a jornalista de abusar do carão na hora da foto.

“Eu acho muito legal, algumas pessoas até dizem que não teriam a mesma coragem, mas no geral a reação é positiva, elas gostam. Se não gostam, nunca falam para mim. E Campo Grande tem lugares tão bonitos que as pessoas passam e muitas vezes não reconhecem”, afirma.

Depois de causar no trânsito, outro ensaio chamou atenção de quem passava na rua. Usando o vestido em que foi dama de honra há 10 anos, no casamento de uma amiga, sorrindo para as lentes, ela surgiu na via pública como se fosse para um casamento. "Cada foto tem uma história, explorar os lugares deixa as imagens mais bonitas. Quando eu estava nos trilhos de vestido, tinha motorista que gritava pra eu não pular e que casaria comigo", ri.

Eva Regina parou o trânsito naquela tarde. (Foto: Lívio Bozzano)
Eva Regina parou o trânsito naquela tarde. (Foto: Lívio Bozzano)
Nos trilhos escutou até pedido de casamento.(Foto: Lívio Bozzano)
Nos trilhos escutou até pedido de casamento.(Foto: Lívio Bozzano)

Sensível aos elogios, para Eva Regina as fotografias são capazes de melhorar a autoestima, mas também servem ao autoconhecimento. "Não vejo problema em fazer e não deixaria de fazer uma foto porque estou com uma espinha no rosto. Acho que autoestima começa com a gente, deixando de lado a mania de achar defeitos. Por isso indico para todo mundo", sugere. 

A maturidade também serviu de libertação, para que seguisse adiante, contrariando quem acha tudo isso cafona. "Sou muito tranquila com a questão da idade. Quando eu tinha 14 anos, achava que ter 20 era ser velha. Hoje mudei, para mim ter 40 ou 50 anos é estar em plena juventude. Acho que a alma é jovem", acredita.

Curta o Lado B no Facebook.

Vale até deitar na calçada em frente ao Armazém Cultural. (Foto: Lívio Bozzano)
Vale até deitar na calçada em frente ao Armazém Cultural. (Foto: Lívio Bozzano)
Nos siga no Google Notícias