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Consumo

Cemitério agora transmite velório pela internet ao custo de R$ 200,00

Ângela Kempfer | 09/05/2012 12:19
Ieda explica como é acesso virtual ao velório. (Fotos: Pedro Peralta)
Ieda explica como é acesso virtual ao velório. (Fotos: Pedro Peralta)

Não precisa mais ser Whitney Houston para ter o velório transmitido pela internet. A partir desta semana, o Cemitério Parque de Campo Grande estreia a cerimônia on-line.

É o primeiro a oferecer esse tipo de serviço na cidade, como forma de aproximar parentes e amigos. Pessoas que por algum motivo não podem estar de corpo presente, agora têm a chance da despedida virtual.

“Hoje em dia é muito maior a chance das pessoas irem para o exterior estudar ou morar, ficou financeiramente mais viável. Por isso, muitos acabam ausentes na hora do funeral, é muito comum isso”, explica a administradora do cemitério, Ieda Sandri Calabria, uma da proprietárias.

Para o coveiro Vicente Francisco, que há quase 4 anos faz enterros, a novidade é “estranha”. “Mas lá em São Paulo a gente vê até família contratando pessoas para chorar no velório. Não duvido de mais nada”, comenta.

O serviço já é oferecido em outras cidades pelo Brasil, a diferença aqui é a possibilidade das pessoas deixarem mensagens e homenagens ao morto, também via internet.

A família que compra o jazigo no cemitério, paga pelo funeral e, caso queira a transmissão, terá mais R$ 200,00 de custo. O link e uma senha são disponibilizados para que só os conhecidos do morto tenham acesso à transmissão.

“A família repassa o link e a senha, ou pode passar uma lista de pessoas que queira compartilhar, para que a administração divulgue essas informações”, diz Ieda.

NO cemitério, tudo é moderninho.
NO cemitério, tudo é moderninho.
Coveiro achou novidade estranha, mas diz que já viu de tudo.
Coveiro achou novidade estranha, mas diz que já viu de tudo.

Apenas o velório é transmitido, o enterro não. “Seria muito custo levar as câmeras até o campo”, justifica.

Em cada uma das duas salas de velório foi instalada uma câmera para a filmagem. Existe o cuidado de usar um ângulo aberto, para mostrar a movimentação, mas não evidenciar as feições do morto no caixão.

A novidade no Parque de Campo Grande é na verdade a sequência de um projeto moderno de cemitério na cidade. Já na entrada, um painel luminoso recebe quem chega ao funeral.

Na porta da cerimônia, TVs indicam quem está sendo velado e qual o horário do enterro.

Nas salas, há 50 poltronas com desenho moderno, assim como todos os outros objetos e móveis do local. Ao olhar pela janela, ainda há uma cascata e um lago com carpas. Uma suíte também é disponibilizada à família, além de uma lanchonete com nutricionista e ma enfermaria 24 horas.

Um jazigo no novo cemitério, aberto em novembro, custa R$ 11 mil e o funeral mais R$ 2 mil.

“Percebemos que não existia esse nível de serviço em Campo Grande e deu certo. Fizemos uma pesquisa com os compradores de jazigo e 80% disseram, por exemplo, estar interessados na transmissão pela internet. A pessoa não vai poder se despedir, mas pelo menos é um apoio moral, um conforto à família”, conclui Ieda.

O endereço do site é

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