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Consumo

De cafezinho a guarda-chuvas, ambulantes faturam na hora que o tempo fecha

Elverson Cardozo | 10/04/2012 08:21
“O bom é na hora do ‘me dá’, ‘me dá’”, conta ambulante. (Foto: Pedro Peralta)
“O bom é na hora do ‘me dá’, ‘me dá’”, conta ambulante. (Foto: Pedro Peralta)

Na hora que o tempo fecha eles faturam, sem medo de ser feliz. Telespectadores assíduos de previsões do tempo, os ambulantes estão por toda a parte. É só o dia mudar de cara que eles entram em ação. De cafezinho à guarda-chuvas, os produtos “emergenciais” na hora do temporal saem como água.

Na tarde desta segunda-feira (9), durante a chuva que durou cerca de meia hora, Suelene Miranda, de 43 anos, mais conhecida como “Polaca”, já tinha vendido 30 guarda-chuvas; cada um a R$ 10,00.

Há 20 anos nas ruas, a ambulante sabe até onde vende mais. “Gosto de ficar na porta dos bancos”, conta. As mercadorias ficam no depósito, preparadas para quando o tempo fechar. “O bom é na hora do ‘me dá’, ‘me dá’”, revela.

Rodrigo Rodrigues, de 30 anos, também havia faturado, mas estava torcendo para cair outro pé d’ água. “Se der um vendaval é bom”, disse. “Tem que rezar para chover mais”, completa.

Vendedora de meias, Gládis garante que o movimento aumenta quando começa a chover. (Foto: Pedro Peralta)
Vendedora de meias, Gládis garante que o movimento aumenta quando começa a chover. (Foto: Pedro Peralta)
David chega a comprar, para revender, cerca de 500 guarda-chuvas mensais. (Foto: Pedro Peralta)
David chega a comprar, para revender, cerca de 500 guarda-chuvas mensais. (Foto: Pedro Peralta)

Para o ambulante não há tempo ruim. Na chuva é guarda-chuvas, mas “se começar a derreter a gente vende protetor solar”. Já o ambulante David Emerson, de 38 anos, explica que “quem grita vende mais”.

Telespectador assíduo de previsões do tempo, David chega a comprar, para revender, cerca de 500 guarda-chuvas mensais. Até agora, este mês, já vendeu 300 unidades. Conta que o trabalho depende do tempo. Esse ano, avalia, choveu pouco.

Já Gladis Meri Toledo, de 60 anos, esperou a chuva passar e correu para vender meias de lã no cruzamento da rua Barão do Rio Branco com a 14 de julho. Pelo menos 10 pares já tinham saído.

Ana Cláudia apostou na chipa, pães de queijo, cafezinho e pingado. (Foto: Pedro Peralta)
Ana Cláudia apostou na chipa, pães de queijo, cafezinho e pingado. (Foto: Pedro Peralta)

Apesar do calorão, Gladis garante que o movimento aumenta quando começa a chover. “Eles compram para o inverno já, que está vindo aí”, explica. Quando vê nos telejornais que o tempo vai fechar, corre encher a mochila de meias. “De crianças, adultos e mulheres”, afirma.

Para faturar na hora da chuva, Ana Cláudia Nantes, de 33 anos, apostou nas chipas e pães de queijo. Já sabe que a combinação é o que mais sai. Das 30 unidades que trouxe, só restavam três.

O cafezinho e o pingado são indispensáveis. Conseguiu esvaziar quatro garrafas térmicas. Quando a previsão é de chuva... “Representa que eu vou embolsar um pouco mais”, finaliza.

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